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A conta de luz vai ficar 19,86% mais cara em Alagoas a partir da próxima terça-feira (3). Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, nesta terça-feira (26), o reajuste tarifário anual da Equatorial Alagoas. A empresa atende aproximadamente 1,2 milhão de unidades consumidoras no estado, cujo consumo de energia elétrica representa faturamento anual da ordem de R$ 2,2 bilhões.
De acordo com a agência reguladora, os valores foram impactados, especialmente, pelas despesas relacionadas às atividades de compras e distribuição de energia, além de custos com encargos setoriais. Foram fixadas, ainda, as Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição – TUSD e as Tarifas de Energia Elétrica – TE aplicáveis aos consumidores e usuários da Equatorial Alagoas.
Por meio de nota, a Equatorial Energia Alagoas pontuou que os itens que mais impactaram a correção foram os encargos do setor elétrico, os altos índices de inflação e os custos com a compra de energia, sobretudo durante a escassez hídrica. "Nesse período, foi necessário acionar termelétricas, que geram energia a partir de fontes mais onerosas, como petróleo, carvão mineral e gás natural. Segundo a Aneel, a combinação do reajuste com o término da cobrança bandeira escassez hídrica resultará em efeito médio tarifário de aproximadamente -2% para consumidores que pagavam a bandeira de escassez hídrica, encerrada no dia 16 de abril deste ano", diz a nota da distribuidora.
"Vale ressaltar que, do percentual reajustado, apenas 3,46% fica com a distribuidora Equatorial Alagoas para operar e manter todo o sistema elétrico do estado e fazer os devidos investimentos necessários para melhoria da rede elétrica. Os encargos setoriais levam 14,73%, o transporte -2,64% e 4,33% vão para a compra de energia", acrescenta.
A Equatorial diz ainda que do montante arrecadado com tarifa de energia 78,7% são repassados aos demais agentes do setor elétrico (geradoras e transmissoras) e ao Governo (impostos e encargos), restando 21,3% para a distribuidora.
Na decisão pelo reajusta, a agência reguladora expões que "dado o cenário de intensa pressão tarifária desde 2020, decorrente da conjuntura socioeconômica adversa trazida pela pandemia da COVID, foram desenvolvidos pela ANEEL e pelo Poder Concedente, em conjunto com as demais entidades setoriais e em diálogo com as empresas e associações, mecanismos para mitigar parte do aumento tarifário que se observaria neste ano, com o intuito de preservar a capacidade de pagamento do consumidor e, por consequência, a sustentabilidade econômico-financeira da cadeia que compõe o setor elétrico".
