O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista com o crescimento econômico mundial e reduziu em 0,8 ponto percentual a taxa esperada para 2022. Agora, a economia global deve crescer 3,6%. Mesmo com o cenário negativo, o Brasil apresenta tendência de crescimento.
Nesta terça-feira (19/4), a instituição atualizou as previsões. Os números sofreram o impacto da guerra na Ucrânia e a situação deve se prolongar até 2023.
“A guerra na Ucrânia desencadeou uma crise humanitária dispendiosa que, sem uma solução rápida e pacífica, pode tornar-se esmagadora. O crescimento global deverá desacelerar significativamente em 2022, em grande parte como uma consequência da guerra”, assinala o relatório.
Segundo o FMI, uma forte queda de dois dígitos no Produto Interno Bruto (PIB) é esperada na Ucrânia (-35%). A entidade também projeta uma profunda contração para a Rússia devido às sanções econômicas (-8,5%).
Entre as principais economias mundiais, os Estados Unidos deverão crescer 3,7% este ano, assim como o Reino Unido, e a China 4,4%, enquanto para a zona euro prevê uma expansão de 2,8% e para a Índia de 8,2%.
O FMI alerta que os custos econômicos da guerra deverão chegar aos restantes países através dos mercados de “commodities” (matérias-primas), do comércio e, em menor grau, das interligações financeiras, salientando que os aumentos de preços de combustíveis e alimentos já estão a ter impacto a nível global.
“A guerra também aumentou a já elevada incerteza sobre o panorama global”, adverte o relatório. Para 2022, o fundo projeta uma inflação de 5,7% nas economias avançadas e 8,7% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
“Se surgirem sinais de que a inflação será alta no médio prazo, os bancos centrais serão forçados a reagir mais rápido do que o previsto atualmente — subindo as taxas de juros e expondo as vulnerabilidades da dívida, particularmente nos mercados emergentes”, pontua o documento.
O FMI aumentou estimativa de crescimento da economia do Brasil para 2022. Agora, a instituição prevê o crescimento do PIB brasileiro em 0,8%, contra 0,3% previsto em janeiro.
Por outro lado, cortou a expectativa para 2023 em 0,2 ponto percentual, projetando uma expansão econômica de 1,4%.
Metrópoles