Saúde

Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado se reúnem na próxima segunda-feira, 30, com secretários de saúde dos 19 municípios prioritários para o Programa Nacional de Controle da Dengue.

O encontro será a partir das 8h30, no auditório do Memorial da República, em Jaraguá. Na reunião será avaliado e discutido o impacto do plano de intensificação para o controle da dengue que a Secretaria de Estado da Saúde recomendou no último mês de maio.

Do número de casos de dengue registrados em todo o Estado, 80% se concentram em 19 municípios e por isso a secretaria vem desenvolvendo ações mais específicas junto às secretarias municipais de saúde destas cidades.

Segundo Cleide Moreira, diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, este 19 municípios foram orientados a intensificarem dez componentes de controle da doença.

“Eles devem realizar ações de saneamento básico, vigilância epidemiológica, combate aos vetores, assistência aos pacientes, capacitação dos médicos para identificação precoce da dengue, entre outras medidas que visem prevenir e diminuir os casos”, explica.

A diretora lembra que a ação primordial para o combate à doença é a conscientização da população no sentido de destruir os criadouros dentro das residências. “Os gestores municipais também precisam fazer sua parte mantendo as praças e terrenos baldios limpos para evitar a proliferação do mosquito”.

Sintomas

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dores de cabeça e no corpo, falta de apetite, náuseas, vômitos e manchas na pele semelhantes ao sarampo. Já a dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, que além dos sintomas da clássica pode apresentar sangramento.

Aumento das formas graves – De janeiro a julho deste ano foram registrados 5377 casos de dengue nos 102 municípios alagoanos. Destes, 234 apresentaram complicações graves, resultando em quatro óbitos (três em Maceió e um em Palmeira dos Índios).

De acordo com Cleide Moreira, estes números não caracterizam uma epidemia, mas admite o aumento das formas graves em relação aos outros anos. “Não podemos deixar os casos evoluírem para óbitos, por isso a importância da participação de todos os municípios prioritários a essa reunião de segunda.”

O evento vai contar, ainda, com representantes do Comitê Estadual de Combate a Dengue e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems).

Os municípios prioritários são Maceió, Marechal Deodoro, Arapiraca, Penedo, Santana do Ipanema, Teotônio Vilela, Maragogi, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Coqueiro Seco, Satuba, Barra de São Miguel, Santa Luzia do Norte, Messias, Rio Largo, Pilar e União dos Palmares.

Fonte: Assessoria