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Greve
17/01/2022 18:00:00

Com aumento de casos da variante Ômicron, é seguro mandar crianças para a escola antes da vacina?

Especialistas defendem que os cuidados são os já conhecidos: uso de máscaras, higiene das mãos, escolha por ambientes ventilados e isolamento no caso de sintomas ou contato com positivos


Com aumento de casos da variante Ômicron, é seguro mandar crianças para a escola antes da vacina?

As primeiras doses pediátricas da vacina da Pfizer contra Covid-19 chegaram ao Brasil na última quinta-feira, 13. Com a distribuição dos lotes para os Estados, crianças de 5 a 11 anos começaram a ser imunizadas nesta sexta-feira, 14.

Menores com comorbidades e deficiências graves, indígenas e quilombolas receberão as doses primeiro; na sequência, a vacinação ocorrerá de forma decrescente, ou seja, dos mais velhos para os mais novos. A estimativa é de que a imunização da população infantil dure de três semanas a um mês, com crianças sendo vacinadas ainda na semana de volta às aulas.

Com o aumento de casos da doença em decorrência da variante Ômicron, surge a dúvida: é seguro mandar meu filho para a escola mesmo sem ele ter sido vacinado?

Para Marcio Nehab, pediatra e infectologista pediátrico do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), responde que sim: “Lugar de criança é na escola. 

A gente tem que pensar assim: se a criança não está na escola, onde é que ela está? Se não está na escola, ela vai ficar presa em casa? Se ela estiver em casa, presa, é completamente absurdo. O lugar de criança é na escola sempre. A escola é o lugar mais protegido para as crianças, sempre foi e sempre vai ser”, afirma Nehab.

O médico lembrou que os últimos dois anos de pandemia mostraram que a falta de aulas presenciais não afeta apenas o aprendizado, mas também causa efeitos indiretos na saúde tanto física quanto mental das crianças. Obesidade, ansiedade e depressão foram alguns dos efeitos observados durante esse período na população pediátrica. “A pandemia causou estragos permanentes e sequelas a longo prazo em ‘zilhões’ de crianças por todo o mundo. Tem trabalhos da Unicef mostrando, inclusive, redução de expectativa de vida. Os efeitos indiretos da pandemia na população pediátrica são gigantescos e permanentes”, considera o infectologista.

JP



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