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24/07/2007 00:00:00

Polícia


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Um grupo formado por quatro pessoas, entre elas, um adolescente de 15 anos de idade, que já haviam feito 60 vítimas, preferencialmente mulheres. Esta é a ficha dos quatro acusados que foram apresentados – na manhã desta terça-feira, dia 24 de julho – na sede da Polícia Civil de Alagoas.

Os suspeitos foram detidos no Conjunto Eustáquio Gomes, no Tabuleiro do Martins, em Maceió. Mas possuíam um raio de ação que chegava até o interior do Estado de Alagoas. Parte do material roubado pela quadrilha, inclusive armas, foram encontrados em uma residência localizada na entrada da cidade de Murici, distante 51 quilômetros da capital alagoana.

José Cleber Geberson Lima da Silva, 24 anos, e o tio dele, Erivaldo Marcolino dos Santos, 34 anos, foram presos na segunda-feira. Logo em seguida, caíram nas garras da Polícia Civil, o adolescente J.S.A., 15 anos de idade, e Luiz Ferreira da Silva, 52 anos, que teria receptado um Gol roubado pela quadrilha. Ferreira diz que comprou o carro por R$ 700. A Polícia Civil desconfia que o grupo possa ter ligações com os ferros-velhos da capital.

De acordo com as investigações, José Cleber Geberson seria o “cabeça” da quadrilha. O bando já teria atuado em mais de 60 assaltos. A grande maioria das vítimas – como comprova os documentos apreendidos em posse da quadrilha – são do sexo feminino. De acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, eles escolhiam mulheres porque durante ao assalto faziam terror psicológico, as ameaçando de estupro.

José Cleber coordenava as ações do grupo. Ações estas que incluíam desde assaltos à mão armadas, a levantamento de fichas de veículos “limpos” para clonagem e venda. No momento em que foram presos, a Polícia Civil conseguiu recuperar duas motocicletas e dois Gols, todos com placas frias. As motos estavam de posse de Erivaldo Marcolino dos Santos, que reside na cidade de Murici.

Material encontrado

Em Murici, em uma serralharia pertencente a Erivaldo Marcolino, a Polícia Civil encontrou ainda um revólver. Na casa do Eustáquio Gomes – que fica a 500 metros da delegacia do 10° Distrito Policial – foram encontrados diversos documentos das vítimas, cartões de créditos, passagens áreas da TAM, DVDs piratas, relógios, celulares e até jóias (que só não foram revendidas porque os supostos bandidos ainda não sabiam o valor real das peças). A prisão foi comandada pelo delegado do 10° DP, Egivaldo Lopes de Messias.

Conforme a equipe do delegado, foram 20 dias de investigações para se chegar aos acusados. “Eles são ‘clínicos gerais’ em criminalidade”, destacou Carlos Alberto Reis, ressaltando por meio da metáfora a periculosidade da quadrilha. Conforme o diretor-geral da Polícia Civil, o bando já foi reconhecido por 20 vítimas, que estiveram na delegacia. “Eles possuíam uma residência também no bairro do Gama Lins. Eram estruturados para meter bronca por aí”, sentenciou Reis.

Outro lado

Em entrevista a imprensa, os acusados negam formarem uma quadrilha. Erivaldo Marcolino diz que não cometeu crime nenhum, a não ser o porte ilegal de arma. “Nunca estive envolvido em assalto. Eu sou trabalhador e limpo. Não sei porque estou sendo acusado”, colocou. Erivaldo Marcolino confirma o parentesco com José Cleber, mas diz não ser “comandado por ele”.

José Cleber também nega a formação de quadrilha. Dos 60 assaltos supostamente cometidos por ele, diz que cometeu apenas cinco. “Foram poucos crimes que eu fiz. Outra coisa, não existe esta coisa de ameaça de estupro. Isto não é verdade”, resumiu o suspeito. Já Luiz Ferreira, diz que cometeu o erro de confiar em José Cleber. “Ele me ofereceu um Gol que, segundo ele, era dele e estava à venda. Eu quis fazer negócio com ele”, disse Ferreira.

Indagado sobre o valor do veículo, o suspeito diz que o carro foi oferecido por R$ 700. “Eu desconfiei do valor. Achei estranho demais, mas quando fui no Detran que puxei a ficha, o carro apareceu como limpo. Eu não sabia que a placa era clonada e fui ludibriado. Ele disse que eu daria uma entrada de R$ 700 e que depois a gente veria como ficaria o resto”, finalizou. O adolescente não quis falar com a equipe de reportagem do Alagoas 24 Horas.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Luis Vilar

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