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O Governo de Alagoas está prometendo para abril de 2010 a entrada em operação da nova linha férrea. Operada pela Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) desde sua privatização, em 1998, a retomada do sistema ferroviário deve propiciar a redução de custos de frete, acidentes nas estradas e até mesmo a redução da poluição ambiental.
Em Alagoas, as obras de estrutura estão em estágio avançado de execução e incluem a colocação de dormentes, trilhos, fixações e brita. Na parte de infraestrutura, a companhia finaliza pontes, aterros, bueiros e canaletas ao longo da ferrovia, que percorre 550km e passa por 21 cidades entre Porto Real do Colégio (AL) e o município pernambucano de Cabo de Santo Agostinho, onde está localizado o porto de Suape, de onde os produtos devem seguir para exportação.
O investimento em todo trecho de Alagoas e Pernambuco é da ordem de R$ 112 milhões, sendo R$ 70 milhões aplicados no Estado. “O apoio político do governo tem sido fundamental”, relata Flávia Ferreira.
Segundo a direção da companhia, a circulação em Alagoas está prevista para começar em abril do próximo ano. Outra boa novidade é a integração da malha nordestina com a malha ferroviária Centro Atlântica, que passa por estados do Sudeste. A interligação entre as duas redes ainda depende da conclusão de serviços de via permanente, a serem executados na rede da região Sudeste.
Com a conclusão destas ações, Alagoas terá sua economia ainda mais consolidada, com os benefícios que a rede ferroviária vai trazer na área de transporte de cargas. Além da redução nos custos, o sistema ainda vai contribuir para a diminuição da poluição ambiental, devido à baixa emissão de poluentes pelas locomotivas.
“A cesta de produtos em Alagoas é composta fundamentalmente pelo segmento sucroalcooleiro, alem de derivados de petróleo, produtos siderúrgicos, grãos, dentre outros. São inúmeras as possibilidades de crescimento de diversos setores da economia alagoana”, revela a assessora da diretoria da Companhia Ferroviária do Nordeste. Todo o controle do sistema e o escritório da CFN estão sediados em Fortaleza (CE).
Segundo o Estado, vários segmentos serão beneficiados com a recuperação da ferrovia, como a instalação e operação da mineradora Vale Verde, no município de Craíbas, no Agreste alagoano. “A Transnordestina e a Mineradora Vale Verde vêm mantendo conversas acerca da implantação e viabilização do projeto, a partir da utilização da malha ferroviária da companhia”, informa Flávia Ferreira, assessora da diretoria.