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União dos Palmares
13/10/2021 07:00:00

União dos Palmares completa hoje 190 anos de Emancipação Política

Parabens aos Palmarinos conterraneos de Jorge Matheus de Lima e que abrigou a República Independente do Quilombo dos Palmares


União dos Palmares completa hoje 190 anos de Emancipação Política

Histórico do município de União dos Palmares

Histórico, Gentílico e Formação Administrativa do município de União dos Palmares - Alagoas

As primeiras habitações do município de União dos Palmares surgiram no século XVIII, num povoado chamado "Macacos", à margem esquerda do rio Mundaú. O português Domingos de Pino construiu a primeira capela do local dedicada à Santa Madalena. A povoação passou a ter o nome da padroeira.

O crescimento do lugarejo provocou seu desmembramento do município de Atalaia, em 13 de outubro de 1831, através de decreto governamental. Em seguida foi criada a Vila Nova Imperatriz. Elevada à categoria de cidade pela Lei 1.113, de 20 de agosto de 1889.

A denominação "União" surgiu através do decreto nº 46, de 25 de setembro de 1890, e teve origem no fato da cidade ser o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco. Em 1944, ocorreu a mudança definitiva para "União dos Palmares", homenageando o Quilombo, que permaneceu na região por quase um século.

Foi em União dos Palmares mais precisamente na Serra da Barriga(uma das atrações turísticas da cidade) que os negros rebelados contra a escravidão construíram a República Independente do Quilombo dos Palmares, o símbolo do anseio e da resistência negra pela liberdade, tendo como líder maior o negro Zumbi, imortalizado numa estátua no alto da serra.

Gentílico: palmarino

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Vila Nova da Imperatriz, por resolução provincial nº 8, de 10-04-1835.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Nova da Imperatriz, pelo decreto de 13-10-1831, desmembrado do município de Atalaia.

Pela lei provincial nº 737, de 07-07-1876, a vila de Vila Nova da Imperatriz é extinta, sendo seu território anexado ao município de Atalaia, como simples distrito.

Elevado novamente à categoria de vila com a mesma denominação anterior, pela lei provincial nº 956, de 13-07-1885.

Elevada à condição de cidade com a denominação de Vila Nova da Imperatriz, pela lei provincial nº 1113, de 20-08-1889.

Pelo decreto estadual nº 46, de 25-09-1890, o município de Vila Nova da Imperatriz passou a denominar-se União.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 6 distritos: União, Barro do Canhoto, Mandaú-Mirim, Mungaba, São José do Bolão e Timbó.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece com o distrito sede, não figurando os distritos da divisão de 1911.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 3 distritos: União, Barro do Canhoto e Mundaú-Mirim.

Pelo decreto estadual nº 2435, de 30-11-1938, é criado o distrito de Mungaba com terras desmembrada do distrito de Barro do Canhoto anexado ao município de União dos Palmares.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: União, Barro do Canhoto, Mundaú-Mirim e Mungaba.

Pelo decreto lei estadual nº 2909, de 30-12-1943, o município de União passou a denominar-se União dos Palmares.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município de União dos Palmares ex-União é constituído de 4 distritos: União dos Palmares, Barro do Canhoto, Mundaú-Mirim e Mungaba.

Pela lei nº 1473, de 17-09-1949, o distrito de Barro do Canhoto passou a denominar-se Rocha Cavalcanti.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos; União dos Palmares, Mundaú-Mirim, Mungaba e Rocha Cavalcanti ex-Barro do Canhoto.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.

Pela lei estadual nº 2245, de 14-06-1960, desmembra do município de União dos Palmares os distritos de Mundaú-Mirim e Mungaba, para formar o novo município com a denominação de Santana do Mundaú.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: União dos Palmares e Rocha Cavalcanti.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas municipais

Vila nova da Imperatriz para União, alterado pelo decreto estadual nº 46, de 25-09-1890.

União para União dos Palmares, alterado pelo decreto-lei estadual nº 2909, de 30-12-1943.

Secretaria de Cultura do Estrado de Alagoas

Aspectos Gerais

União dos Palmares é considerado um dos mais antigos municípios do estado de Alagoas. Os primeiros indícios de presença humana datam de finais do Século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares. O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos negros africanos nas Américas, surgindo por volta de 1597 e durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder. O Quilombo tinha uma extensão média de 200 km², englobando terras da zona da mata dos atuais estados de Pernambuco e Alagoas. Inicialmente, quando sede do Quilombo, a localidade chamava-se Macaco. Em meados dos século XVIII, como era comum na época, o português Domingos José de Pino chegou à região após ganhar uma sesmaria de terras, onde, como forma de introduzir a religião católica na localidade, construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena, virando esta padroeira do pequeno povoado. Daí, o primeiro nome do lugar: Santa Maria Madalena. Já no Império, em 13 de outubro de 1831, em homenagem à Imperatriz Amélia, segunda esposa de Dom Pedro I, mudou-se o nome para Vila Nova da Imperatriz. Nesta mesma época, a vila, então, ganha autonomia administrativa, após desmembrar-se do município de Atalaia. Assim chamou-se até meados do Século XIX. Em 1889, recebe através de Decreto de Lei a condição de cidade e passa a chamar-se União. Essa mudança de nome se deve à união através da linha férrea entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Contudo, o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando houve o acréscimo de Palmares ao nome da cidade, em homenagem ao Quilombo dos Palmares.

Economia

A economia do município tem as suas bases no binômio agricultura-pecuária, destacando-se, como um dos maiores produtores de cana-de-açúcar de Alagoas. Destaca-se, ainda, como um dos maiores produtores de banana do Estado, possuindo uma fábrica de doces, além de uma indústria de laticínios, de cerâmicas em barro (olaria), piscicultura, suinocultura, avicultura (esta com as instalações mais modernas do país), seguido da pecuária que contribui de maneira relevante para a economia do município. A feira-livre realizada quatro vezes por semana, sendo a de sábado a principal, merece destaque por empregar grande parte da população, além do comércio de confecções, calçados, móveis, etc.

Eventos

Os principais eventos festivos são: a procissão do Mastro (terceiro domingo do mês de janeiro), a festa da padroeira Santa Maria Madalena (23 de janeiro à 02 de fevereiro), a festa do millho - FEMIL, coincidindo com as populares festas juninas (junho), a festa da Consciência Negra (20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares) e a Corrida Palmarina do Jumento Alagoano (último domingo de dezembro).

Infraestrutura

O município conta atualmente com seis hotéis, nove restaurantes, quatro agências bancárias, dois hospitais[7], três postos de saúde urbanos, três escolas particulares, 65 escolas públicas municipais, cinco escolas públicas estaduais e ainda o campus da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), que oferece os cursos de Geografia e Letras Inglês e Português. Na comunicação, o município conta com uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e quatro emissoras de rádios (AG-FM, Quilombo FM e Zumbi FM). No transporte, o município é servido pelas rodovias federais BR-101 e BR-104 e estadual AL-205.

Turismo

Serra da Barriga, tombada pelo Iphan e palco principal do famoso Quilombo dos Palmares, hoje declarada Patrimônio Cultural do Mercosul, está a cerca de 6 km da sede do atual município de União dos Palmares e conta o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, implantado em 2007, que consegue em cada detalhe retratar o maior quilombo das Américas, permitindo aos seus visitantes conhecer de perto como foi a luta pela liberdade do povo negro.

Por ser a terra natal de Jorge de Lima, o príncipe dos poetas alagoanos, dedica um museu à sua memória, o Memorial Jorge de Lima, localizado na casa onde ele morou, nas imediações da Praça Basiliano Sarmento.

Outro museu a ser visitado é a Casa de Maria Mariá, instalado na antiga residência da historiadora Maria Mariá de Castro Sarmento, onde é possível encontrar variedades de objetos que refletem a vida na zona da mata alagoana.

Vale salientar, também, a presença da comunidades quilombola de remanescentes Muquém, a 5 km do centro da cidade, onde se pode encontrar artesanato variado produzido pela comunidade quilombola que ali vive até hoje.

Economia

A economia do município tem as suas bases no binômio agricultura-pecuária, destacando-se, como um dos maiores produtores de cana-de-açúcar de Alagoas. Destaca-se, ainda, como um dos maiores produtores de banana do Estado, possuindo uma fábrica de doces, além de uma indústria de laticínios, de cerâmicas em barro (olaria), piscicultura, suinocultura, avicultura (esta com as instalações mais modernas do país), seguido da pecuária que contribui de maneira relevante para a economia do município. A feira-livre realizada quatro vezes por semana, sendo a de sábado a principal, merece destaque por empregar grande parte da população, além do comércio de confecções, calçados, móveis, etc.

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