Inflação da alimentação pet dispara e leva famílias a abandonarem os animais

Os cuidados como banhos, tosa, visitas a veterinário, roupinhas e brinquedos se tornaram artigo de luxo para quem tem um pet em casa. 

Com o aumento da inflação, vem se tornando mais difícil para os brasileiros suprir suas próprias necessidades, e quando se fala em colocar ração nos pratinhos de cães e gatos no país, varias pessoas começam a reclamar e informar que não terão como continuar a arcar com as despesas. 

Com isso, vários tutores tiveram que diminuir os gastos com idas a veterinários, comprinhas entre outros, ou pior, alguns se desfizeram dos seus bichinhos, doando ou abandonado, fazendo com que os abrigos e Organizações Não Governamentais (ONGs) de todo o Estado fiquem superlotados.

Ao longo do ano, a inflação sobre a alimentação animal supera o dobro da registrada entre os alimentos e bebidas para os humanos. Fazendo a comparação, em setembro a prévia da inflação, divulgada na última sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontava que o preço médio da alimentação no domicílio acumulou alta no ano de 6,53% e a fora do domicílio (lanchonetes, restaurantes), de 6,09%. Já a taxa acumulada entre os alimentos para animais chegou a 15,46% como mostra o gráfico.

Já quando se observa a porcentagem sobre os produtos e serviços:

Casos de abandono 

Isso gerou grande número de abandono. Ao passar pelas ruas da Feirinha do Tabuleiro, Jacintinho, Chã de Bebedouro, Vergel do Lago, se é possível observar a quantidade exorbitante de bichos soltos, passando fome, doentes e uma das justificativas é a falta de condições para criar os animais.

“Os donos entram em contato pedindo para doar os animais. E isso porque as coisas encarecem muito. No começo da pandemia, por exemplo, eu comprava um saco de 25 quilos de ração por R$ 99. Hoje, o mesmo saco está custando R$ 189. E isso porque aqui conseguimos um preço melhor”, relata a presidente de uma Ong.

Coisa que oscilou bastante entre o período inicial da pandemia, onde as pessoas iam em busca de adotar ou comprar animais, "algumas pessoas estão sentindo a solidão da quarentena e resolveram adotar um animal para suprir isso", avalia Katy Torczynnowski, protetora de animais. 

A partir disso que varias ongs, institutos, projetos ressaltam a importância da adoção responsável, evitando assim a superlotação dos bichos e até o sofrimento.  

Fon te Diário de Alagoas