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Turismo
14/09/2021 00:00:00

Cancelamento da temporada de cruzeiros pode causar prejuízo de R$ 44,5 milhões em Alagoas

Com recomendação da Anvisa pela suspensão da temporada 2021/2022, 16 navios e 80 mil turistas podem deixar de passar pelo estado


Cancelamento da temporada de cruzeiros pode causar prejuízo de R$ 44,5 milhões em Alagoas

Mesmo com o avanço da vacinação e a retomada de diversos setores da economia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, anunciou que ainda não recomenda o retorno das temporadas de cruzeiros marítimos. A recomendação é válida para toda a costa brasileira e o cancelamento pode causar um prejuízo estimado em R$ 44,5 milhões na economia alagoana.

A autorização era aguardada com grande expectativa pelas operadoras e pelo trade turístico. De acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), 16 escalas de navios estavam previstas para Maceió na temporada 2021/2022, o que resultaria na passagem de pelo menos 80 mil turistas por Alagoas.

Em junho, a Cruise Lines International (Clia), que reúne os principais representantes do setor de cruzeiros do mundo, apresentou ao Estado os números do segmento para a economia e os protocolos de segurança adaptados para este momento de pandemia. De acordo com a entidade, cada cruzeirista geraria um impacto econômico de R$ 557,32.

“Estamos em contato com a Anvisa para que possamos ter a aprovação dos protocolos sanitários para viagens de cruzeiro e, assim, contratar os tripulantes, realizar procedimentos de vistos e programações. A expectativa é grande e Maceió é um destino maravilhoso que promete para próxima temporada”, expôs, à época, o presidente institucional da Costa Cruzeiros, René Hermann.

A Anvisa, no entanto, explicou que não é possível prever se, até o final deste ano, uma nova avaliação será feita sobre o cenário da pandemia em relação às viagens marítimas no país. Por meio de nota, a agência reforçou que a determinação anterior, que recomenda a suspensão dos cruzeiros, ainda é válida.

“As evidências de caráter sanitário e epidemiológico nos planos nacional e internacional, que sustentam as manifestações técnicas da Anvisa, a fim de proteger a saúde da população, não autorizam, neste momento, a reavaliação do posicionamento da Agência sobre a suspensão da temporada de cruzeiros marítimos no Brasil", diz a nota.

Para o economista Lucas Sorgato, o impacto do cancelamento da temporada será sentido em Alagoas, principalmente pelos empresários de pequeno e médio porte.

“É um recurso financeiro que seria extremamente importante nesse período de retomada econômica. O estado de Alagoas vai ter uma perda financeira que, com certeza, deve impactar artesãos, restaurantes e outros negócios que estão associados a essa época”, afirmou o economista à TV Gazeta de Alagoas.

Ministério do Turismo

Após a repercussão acerca da recomendação da Anvisa, o Ministério do Turismo divulgou uma nota informando que, até o momento, não há novidades ou atualizações em relação à autorização da próxima temporada de cruzeiros no Brasil e destacando a importância da temporada de cruzeiros para a economia.

“Ressaltamos que continuamos trabalhando em torno dos trâmites e negociações para viabilizar a temporada de cruzeiros no Brasil. O assunto tem sido debatido com outros ministérios, como Saúde, Justiça e Infraestrutura, além de outros Órgãos e autoridades, como a Anvisa e o setor de Cruzeiros, e há reuniões marcadas no decorrer dos próximos dias para discussão e adequações dos robustos protocolos de segurança apresentados pelo setor, confiantes de que essa importante atividade econômica possa voltar com segurança no Brasil”, diz trecho.

Ainda segundo a pasta, esses mesmos procedimentos de segurança foram implementados com sucesso em mais de 50 países, onde mais de 1,5 milhão de pessoas já voltou a navegar.

“Vale destacar que a indústria de cruzeiros é vital para a recuperação econômica nacional e global. A estimativa é de que a temporada deste ano gere um impacto de R$ 2,5 bilhões na economia nacional - em 2019/2020 foi de R$ 2,24 bilhões - além da geração de 35 mil empregos - em 2019/2020 foram 33.745”, finaliza o Ministério do Turismo.

 

Setor de Cruzeiros

. - Foto: Kaio Fragoso/Divulgação

Também por meio de nota, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), afirmou que trabalha pela viabilização da temporada e que agendou reuniões decisivas com ministros competentes e responsáveis pelo assunto. Nas reuniões, a entidade pretende apresentar os protocolos de segurança que serão adotados na temporada 2021/2022.

Os protocolos, segundo a Clia, foram desenvolvidos com o auxílio de médicos, cientistas e especialistas, em consonância com autoridades sanitárias de diversos países. “Sempre colocando a segurança dos hóspedes, tripulantes e das cidades visitadas em primeiro lugar. A Associação afirma também que os protocolos foram feitos para atender aos mais altos graus de exigência, sempre prontos para possíveis ajustes de acordo com as exigências de cada região ou país”, diz trecho da nota.

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