com gazetaweb // assessoria
Nesta segunda-feira (12/10)foi realizada em Maribondo a IV Festa do Vaqueiro em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Centenas de fieis de vários lugares de Alagoas prestigiaram o evento que reuniu mais de 600 vaqueiros numa procissão que percorreu as principais ruas dessa Cidade. Em seguida, vaqueiros e comunidade cristã participaram da Missa Campal e do show de aboios, repentes e toadas com Zé de Almeida e artistas locais.
Os vaqueiros participaram da procissão montados em seus cavalos, os familiares deles em charretes ou carroças. A frente da procissão estava a imagem de Nossa Senhora Aparecida e logo em seguida, filhos dos vaqueiros trouxeram as bandeiras do Brasil, de Alagoas e de Maribondo. Muitos dos vaqueiros estavam trajados com perneira, gibão, chapéu de couro e demais vestimenta tradicional.
A Missa foi celebrada ao som e estilo do vaqueiro,um dos momentos mais diferente foi o do ofertório, pois cada vaqueiro montado em seu cavalo saiu de um trecho até o altar levando uma das partes de suas vestimentas ou algum instrumento de trabalho para ofertar a Deus e pedir benção e proteção para o dia-a-dia de trabalho. Enquanto eles faziam as suas ofertas, o artista Zé de Almeida improvisou versos.
Após a celebração da Missa houve um show de aboios e toadas com artistas convidados e locais. Além disso, outro destaque do evento foi a participação dos vaqueiros desafiando-se nos versos, inclusive duelando e combinando letras com os seus próprios filhos, mostrando que em Maribondo há o repasse da Cultura nordestina de geração para geração e que a festa é o sacramento desse fato.
O evento que surgiu do desejo do padre dessa comunidade, Cícero Cavalcante e dos vaqueiros: Chico do Coqueiro, Lauro Ferro, Lauro Antônio, Manezinho Ribeiro e Paulinho Padilha, e que não tem cunho político, já é um marco no calendário de Maribondo. O padre Cícero diferencia-se de muitos eclesiásticos por ser amante dos aboios e toadas, por isso realiza, realmente, uma Missa com cara, cheiro e jeito de vaqueiro; enaltecendo a simplicidade e a singularidade da cultura nordestina.