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Acidente
26/07/2021 18:00:00

Conheça as novas profissões nos setores da indústria, TI, saúde e agro

Dos 2 milhões de empregos do setor de TI previstos para os próximos 10 anos, 779 mil são para 12 carreiras emergentes


Conheça as novas profissões nos setores da indústria, TI, saúde e agro

No pós-pandemia, o Brasil deve investir na formação profissional de setores-chave para uma recuperação verde – modelo de desenvolvimento que concilia fatores sociais, ambientais e econômicos. É o que mostra o estudo “Profissões Emergentes na Era Digital: Oportunidades e desafios na qualificação profissional para uma recuperação verde“, realizado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Núcleo de Engenharia Organizacional (NEO) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A pesquisa identifica tendências e carreiras em ascensão no curto (2 anos), médio (5 anos) e longo prazo (10 anos) em quatro grandes setores impactados pela digitalização: software e tecnologia da informação (TI); indústria de transformação e serviços produtivos; agricultura; e saúde.

Entre os critérios para escolha desses setores estão as mudanças nos empregos existentes e o potencial das novas tecnologias gerarem novas vagas e reduzirem a desigualdade social e os recursos utilizados. Além da perspectiva de aumento da eficiência e da competitividade do país.

“Consideramos o cenário brasileiro atual e o impacto da transformação digital para mostrar a importância de determinadas profissões na definição de uma estratégia nacional de desenvolvimento econômico sustentável”, explica o assessor técnico da GIZ Martin Studte.

Foram identificadas 12 profissões que estarão em alta no setor de software e TI; 14 na indústria de transformação e serviços produtivos; oito na agricultura; e 14 na saúde. As estimativas de quantos profissionais serão necessários e as lacunas entre a demanda e a oferta – ou egressos de cursos – chamam atenção para a importância da formação de mão de obra.

Em números absolutos de empregos para essas profissões emergentes, a maior demanda encontra-se na Indústria de Transformação e serviços produtivos – 401 mil no curto prazo, 563 mil no médio e 767 mil no longo. Já o setor de software e TI apresenta a segunda maior demanda no médio prazo (421 mil) e a maior demanda no longo prazo (779 mil).

Agricultura aparece em terceiro lugar em termos de demandas absolutas no médio e longo prazo, mas é o primeiro em termos de lacunas percentuais (gap entre oferta e demanda). E o setor de saúde tem as lacunas com os menores números absolutos dos quatro setores analisados, porém com um percentual acima de 50%.

Software e TI

Profissões emergentes de destaque:
Programador/Coder
Cientista de dados
Analista de cibersegurança

 

Outras profissões emergentes:
Gestor de mídias sociais
Engenheiro de software
Especialista de blockchain
Programador de jogos digitais
Especialista em cloud
Especialista em inteligência artificial
Programador multimídia
Desenvolvedor de sistemas
Engenheiro de banco de dados

Vagas de emprego
2 anos
– Total do setor: 1,63 milhão
→ Profissões emergentes
Demanda: 140,3 mil versus Oferta/egressos: 109,3 mil = gap de 22%

5 anos
– Total do setor: 1,91 milhão
→ Profissões emergentes
Demanda: 421 mil versus Oferta/egressos: 273,3 mil = gap de 35%

10 anos
– Total do setor: 2,06 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 779 mil versus Oferta/egressos: 545 mil = gap de 30%

CNI/DivulgaçãoCNI trabalho futuro industria
Em 10 anos, gap entre oferta de profissionais capacitados para atuar com TI e demanda do setor deverá ser de 30%

Indústria de transformação e serviços produtivos

Profissões emergentes de destaque:
Expert em digitalização industrial
Operador digital
Profissional de manufatura aditiva

Outras profissões emergentes:
Profissional de planejamento logístico
Gestor de economia circular
Engenheiro de exoesqueletos de propulsão
Profissional de eletromobilidade
Especialista em Serviços
Programador de unidades eletrônicas
Técnico em informática veicular
Mecânico especialista em telemetria
Técnico em eletromecânica
Condutores de processos robotizados
Gestor de trendsinnovation

Vagas de emprego
2 anos
Total do setor: 11,7 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 401 mil versus Oferta/egressos: 106 mil = gap de 74%

5 anos
Total do setor: 13,6 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 563 mil versus Oferta/egressos: 250,4 mil = gap de 55%

10 anos
Total do setor: 14,9 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 767,5 mil versus Oferta/egressos: 490,7 mil = gap de 36%

Agricultura

Profissões emergentes de destaque:
Técnico em agricultura digital
Técnico em agronegócio digital
Engenheiro agrônomo digital

Outras profissões emergentes:
Operador de drones
Agricultor urbano
Engenheiro de automação agrícola
Cientista de dados agrícola
Designer de máquinas agrícolas

Vagas de emprego
2 anos:
Total do setor: 18,3 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 178,8 mil versus Oferta/egressos: 32,5 mil = gap de 82%

5 anos
Total do setor: 18,5 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 252,3 mil versus Oferta/egressos: 81,1 mil = gap de 68%

10 anos
Total do setor: 18,8 milhões

→ Profissões emergentes
Demanda: 360 mil versus Oferta/egressos: 162,3 mil = gap de 55%

Saúde

Profissões emergentes de destaque:
Engenheiro hospitalar
Engenheiro de dados da saúde
Técnico de assistência médica digital

Outras profissões emergentes:
Médico procedimentalista
Consultor analítico
Técnico em telemedicina
Engenheiro de produção/gestão de leitos
Gerente de cuidados complexos
Gestor de qualidade de vida
Bioinformacionista
Conselheiro genético
Cuidador digital
Consultor digital
Geomicrobiologista

Vagas de emprego
2 anos
Total do setor: 5,1 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 35,5 mil versus Oferta/egressos: 16,5 mil = gap de 53%

5 anos
Total do setor: 5,5 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 88,6 mil versus Oferta/egressos: 41,4 mil = gap de 53%

10 anos
Total do setor: 5,9 milhões
→ Profissões emergentes
Demanda: 178,5 mil versus Oferta/egressos: 82,7 mil = gap de 54%

CNI/Divugulgaçãotecnologia saúde empregos
Setor de saúde deverá criar 178,5 mil vagas nos próximos 10 anos

Atualização dos cursos e requalificação de profissionais

O diretor geral do Senai, Rafael Lucchesi, lembra que o Senai acompanha as transformações do mercado de trabalho por meio de observatórios técnicos setoriais. “Esse estudo é mais um norte para o país assumir uma posição dianteira, em comparação com outros países que também precisam atualizar sua mão de obra. Essas tendências devem ser consideradas pelas instituições de ensino profissional na formação inicial e na requalificação dos trabalhadores”, ressalta.

O diretor do NEO, Alejandro G. Frank, completa a lista de recomendações: além de apostar na imediata formação e requalificação de profissionais, o país precisa, a médio prazo, investir na formação de professores, na atualização constante dos currículos e na criação de novos cursos; incentivar a interdisciplinaridade; e desenvolver políticas de inclusão digital.

“Para longo prazo, é importante criar um plano de atualização dos cursos no Brasil, aproximar o estudante do ensino médio da formação técnica e aumentar a oferta de cursos e de capacitação de professores em áreas menos favorecidas do país”, observa Alejandro Frank. Lucchesi lembra que a oferta do curso técnico no ensino médio está prevista no modelo do Novo Ensino Médio.

https://www.metropoles.com/ 



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