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09/10/2009 00:00:00

Municípios


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Um novo princípio de incêndio ocorrido por volta das 23:30h., desta quinta-feira(8), deixou os moradores da Rua Dr. Costa Barros, no centro de São Miguel dos Campos em estado de pavor. As casas que fazem fundo com a Papelaria Veríssimo, que incendiou no último domingo(4), estão passivas de sofrer novos danos com os focos de incêndio que voltaram a ocorrer no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado mais uma vez para controlar o incêndio que começou a se proliferar e já tinha chamas de dois metros de altura.

“Nós estávamos sentadas na porta quando vimos o fogo já bem alto”, relata dona Margarida Pugliese, que está morando na casa de familiares. “Fomos obrigados a nos mudarmos pra casa de parentes e amigos, a defesa civil e os bombeiros nos proibiram de ficar na casa porque não é confiável, amanhã mesmo vou abrir um boletim de ocorrência, não aguento mais”, diz Rita Pugliese, filha de dona Margarida.

O proprietário da papelaria, Sr. Odan, reclama que o CB deveria intensificar os trabalhos. “Não é pra controlar o fogo, é pra acabar, eu não aguento mais essa situação. Estou preocupado com os vizinhos, veja aí a situação deles, todos desesperados, eu já perdi o que tinha de perder e eles? Parece que estão esperando que aconteça uma tragédia para que seja feito algo em definitivo”, fala indignado Odan.

Segundo o tenente Rômulo Guedes do Corpo de Bombeiros o trabalho que está sendo feito é para encharcar o material que resta no local. “É necessário que tenhamos acesso ao local para revirar o material. Estamos usando um carro de combate a incêndio com capacidade de 5000 litros de água”. Um outro veículo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto(SAAE), esteve no local dando suporte ao carro do CB. “São mais 5000 litros de água para despejar e garantir que o material fique encharcado até que possamos ter acesso ao local”, esclarece um dos bombeiros.

O gerente da papelaria, Max Anderson, reclama do prejuízo e diz que os trabalhos de perícia estão lentos, “Nós tivemos um prejuízo de mais de R$ 1,5 milhão, precisamos de uma perícia definitiva para que possamos tomar as providências. Tínhamos um estoque para o dia das crianças e volta às aulas, perdemos tudo. Foram-se as mercadorias e ficaram-se as contas a pagar”, esclarece. “São 4 anos e meio de trabalho que perdemos em uma noite. Graças à solidariedade de amigos e clientes estamos arrumando forças pra continuar nosso trabalho na outra papelaria do Bairro de Fátima. Vamos nos reerguer e reativar a Papelaria Veríssimo no centro da cidade”, fala emocionado Anderson.

Segundo um laudo preliminar do Corpo de Bombeiros, 90% da causa do incêndio teria sido o curto circuito ocorrido na rede da Ceal na noite do domingo. “Recebemos informações de várias pessoas que tiveram seus eletrodomésticos avariados e queimados com esse curto circuito, até de cidades vizinhas aqui de São Miguel”, finaliza Anderson.

Oito casas que fazem fundo com as paredes da papelaria estão passivas de sofrer algum dano caso os focos de incêndio voltem a acontecer. A última casa que faz fundo com a papelaria ficou parcialmente destruída com o incêndio.



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