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Viver Bem
08/07/2021 02:00:00

Comitê científico apresenta o “Guia de Atividade Física para a População Brasileira”

O evento on-line divulgará na quarta (7), às 14h30, o conteúdo do primeiro guia para promoção de atividade física no País


Comitê científico apresenta o “Guia de Atividade Física para a População Brasileira”

Nesta quarta-feira (7), às 14h30, num evento on-line no canal do YouTube da Sociedade Brasileira de Atividade Física (SBAFS), acontecerá a divulgação do Guia de Atividade Física para a População Brasileira. “O guia é extremamente importante para embasar políticas e ações públicas de promoção de atividade física e incentivar a população a se exercitar, para que todos sejam ativos fisicamente no dia a dia e, portanto, mais saudáveis”, afirma Alex Florindo, pesquisador da USP e um dos cerca de 70 cientistas que desenvolveram o guia. A publicação é coordenada pelo epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e foi financiada pelo Ministério da Saúde, que lançou o documento há uma semana, em evento sem a presença dos pesquisadores.

O comitê científico do projeto, junto da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS), divulgará os conteúdos desenvolvidos no guia, que é considerado um marco histórico na área de políticas públicas para a promoção da saúde: o primeiro a visar a promoção da atividade física no Brasil. O encontro virtual contará ainda com uma hora de coletiva de imprensa em seguida, às 16 horas, na plataforma Zoom.  

Além de Hallal e Fernando Siqueira, da UFPel , entre os convidados estão: Christianne Ravagnani, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Paulo Sergio Gomes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Mauro de Barros, da Universidade de Pernambuco (UPE); Kelly Samara da Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Samuel Dumith, da Universidade Federal do Rio Grande – Campus Carreiros (FUGR); Leandro Garcia, da Queen’s University Belfast (Reino Unido) e Grégore Iven Mielke, da Universidade de Queensland (Austrália).

“Nós sabemos que hoje a atividade física é uma das principais variáveis de promoção da saúde, qualidade de vida e prevenção de doenças”, afirma Florindo. A prática regular dessas atividades está relacionada ao combate de doenças como câncer, diabete e obesidade, o que contribui para a saúde da população. Segundo Florindo, estudos  epidemiológicos recentes descrevem o efeito dessa prática na prevenção de casos graves de covid-19, afirmando a importância da área na saúde pública. Isso envolve orientações em nível governamental e populacional para incentivar a população à prática de atividades físicas, embasamento de políticas públicas para essa promoção e orientação aos profissionais da área. 

De acordo com Florindo, em relação a projetos na área, esse pode ser considerado um dos maiores no mundo, devido à diversidade e quantidade de pesquisadores de todo o Brasil envolvidos. A comissão científica contou com seis especialistas, representantes de cada região do Brasil, além de técnicos do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e outros profissionais experientes na área, que utilizaram as evidências científicas mais atuais para a construção do documento de 50 páginas, de forma simples, direta e atrativa ao público. 

Os pesquisadores desenvolveram durante dois anos trabalhos voltados para as melhores orientações físicas em cada ciclo da vida; crianças, até 5 anos; jovens, entre 6 e 17 anos; adultos, 18 anos ou mais; e idosos, 60 anos ou mais. Entre as categorias que compõem os oito capítulos do documento que serão discutidos na apresentação, também foram abordadas a educação física escolar e a atividade física para gestantes e para pessoas portadoras de deficiência. Para crianças no primeiro ano de vida, a recomendação é que fiquem pelo menos 1 hora por dia de bruços. Já para as mais crescidas, de 1 a 5 anos, a recomendação é que sejam praticadas pelo menos 3 horas por dia de atividade física. Para jovens, a recomendação é de pelo menos 1 hora por dia de atividade física. Os adultos, idosos e gestantes receberam a recomendação de pelo menos 150 minutos de atividade por semana. As recomendações de cada faixa etária também se aplicam para pessoas com deficiência.

 A vida ativa e o sedentarismo são multifatoriais, isto é, envolvem uma gama de fatores, que são abordados no documento. Florindo explica que existem fatores mais próximos às pessoas, como autoeficácia, apoio social,  cultural, e fatores externos, como ambiental, social e político. “O  guia visa a trabalhar com essa amplitude de questões que podem estar relacionadas com a promoção da atividade física, para que contribua para a saúde da população”, completa. 

Segundo informações do evento, o guia tem enorme potencial de orientar políticas públicas, incentivar a população em geral e contribuir na atuação dos diversos profissionais da área da saúde na próxima década, ao passo que traz recomendações para toda a população brasileira de como adotar um estilo de vida ativo, além de apresentar sugestões para gestores públicos sobre como incorporar a promoção de atividade física como uma política eficaz de promoção da saúde do curto ao longo prazo. 

O Ministério da Saúde distribuirá 74 mil exemplares do guia para Secretarias Estaduais e Municipais de saúde e enviará o documento para profissionais e usuários do Programa Academia da Saúde, Centros de Reabilitação com foco na atenção às pessoas com deficiência visual, ministérios e órgãos governamentais. Em formato digital, o guia está disponível em portuguêsinglêsespanholaudiobook — democratizando o acesso a estrangeiros e refugiados que residem no Brasil que usam o Sistema Único de Saúde (SUS) — e em versão para gestores e profissionais da saúde

A apresentação científica do guia acontecerá às 14h30 no canal do YouTube da Sociedade Brasileira de Atividade Física, disponível neste link.

https://jornal.usp.br/ 



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