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08/10/2009 00:00:00

Saúde


Saúde

com G1

Azaléias, copos-de-leite, alamandas. É muito comum encontrar estas flores enfeitando casas. O que muita gente não sabe é que, embora bonitas, elas são tóxicas.

Foram quase dois mil casos de intoxicação em todo o país em 2007, segundo os dados do Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas (Sinitox). A planta mais traiçoeira é o comigo-ninguém-pode.

Rosany Bochner, responsável pelas estatísticas do Sinitox, afirmou ao G1 que um levantamento feito no Rio Grande do Sul, também em 2007, apontou que dos 384 casos de intoxicação causados por plantas, 109 foram causados pelo comigo-ninguém-pode.

Rosany explica que a planta é famosa por "espantar o mau-olhado" e por isso é tão comum nas casas. A forma de intoxicação mais comum é através da seiva da planta, que pode entrar em contato com a pele durante da poda.

As mais perigosas

A bióloga Maria Gorete Rossoni informou ao G1 que as plantas tóxicas mais perigosas são a espirradeira, a mandioca-brava e o chapéu-de-napoleão. A ingestão delas pode causar distúrbios cardíacos e levar à morte.

A espirradeira é uma árvore que pode chegar a 4 metros de altura e tem flores brancas e rosas, que assim como as outras partes, também são tóxicas. O chapéu-de-napoleão também é uma árvore e dela nascem flores amarelas. A ingestão das sementes do fruto causa problemas cardíacos que podem levar à morte.

A mandioca-brava é um arbusto que cresce até 2 metros. As raízes são utilizadas como alimento. Abaixo da casca do caule existe um látex tóxico, que pode causar fortes dores abdominais e coma.

Crianças

Dos 1.664 casos registrados pelo Sinitox, as crianças entre 1 e 4 anos correspondem a  676 casos.

Não é à toa que as crianças são as maiores vítimas de intoxicação por plantas. Para a bióloga Maria Gorete, as crianças são as mais afetadas porque não sabem diferenciá-las. "A maioria dos arbustos venenosos é usada em decoração. Por esse motivo, são tão freqüentes em casas e jardins, o que aumenta o perigo de intoxicação em crianças", afirma. De acordo com dados do CIT/RS, mais de 80% dos casos de intoxicação são sofridos por crianças de 2 a 9 anos.

Como se prevenir e o que fazer

A primeira medida que o Sinitox recomenda é que as plantas venenosas sejam deixadas fora do alcance das crianças. Também é importante não incentivar que as crianças brinquem com plantas, seja qual for. Em caso de dúvida se a planta possui alguma substância tóxica, ela pode ser levada aos CIT dos estados para a avaliação.

O órgão também desaconselha que se preparem chás com plantas sem orientação médica. Utilizar folhas e raízes desconhecidas como alimento também deve ser evitado. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

Para evitar que a seiva das plantas tóxicas entrem em contato com a pela, é recomendado lavar bem as mãos após a jardinagem. Além disso, a bióloga Maria Gorete avisa que, sempre que possível, sejam utilizadas luvas para o manuseio de plantas. "Caso a pessoa já tenha ingerido o arbusto, é preciso levar a pessoa imediatamente para um pronto-socorro, e, se possível, com uma parte da planta ingerida para que os médicos possam identificá-la e fazer o tratamento adequado", explica.



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