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A inflação oficial registrou o maior resultado para o mês de março desde 2015, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador ficou em 0,93% em março, enquanto no últimos 12 meses acumula alta de 6,1%.
O que puxou a inflação? O índice foi impulsionado pelo aumento nos preços dos combustíveis e do botijão de gás.
“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, afirma o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Apesar de os preços dos alimentos continuarem subindo, o ritmo de alta diminuiu. Os custos avançaram 0,13%, frente a 0,27% em fevereiro.
O preço do tomate (-14,12%), da batata-inglesa (-8,81%), do arroz (-2,13%) e do leite longa vida (-2,27%) caíram em março. Por outro lado, as carnes (0,85%) seguem em alta.
Por que os preços dos alimentos estão subindo menos? “Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, afirma Kislanov.
