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Alagoas
06/04/2021 13:00:00

Covid-19: transmissão desacelera em AL, mas ocupação de leitos de UTI chega a 100% em algumas cidades


Covid-19: transmissão desacelera em AL, mas ocupação de leitos de UTI chega a 100% em algumas cidades

A tendência de estabilização nos casos e óbitos da Covid-19 em Alagoas continua na 13ª Semana Epidemiológica, segundo análise do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). No entanto, apesar dessa estabilidade, o cenário médio de 90% de ocupação dos leitos de UTI destinados à vítimas da doença é considerado extremamente crítico. 

Conforme a análise, segundo o último Boletim de Ocupação divulgado pela Sesau, algumas cidades alagoanas, como São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios e Penedo apresentavam 100% de ocupação de leitos de UTI dedicados ao tratamento da Covid-19. Já os dois maiores municípios alagoanos, Arapiraca e Maceió, apresentavam 94% e 90% desses leitos ocupados, respectivamente. 

Na sequência, Coruripe, União dos Palmares, Porto Calvo e Santana do Ipanema apresentavam taxa de ocupação variando entre 67% e 83%. Portanto, muito próximo ou acima da margem de segurança sugerida pelo Cômite Científico do Consórcio Nordeste para a adoção de medidas de supressão a fim de evitar o colapso da rede de saúde

Desaceleração

Apesar de a situação, especialmente nos leitos de UTI, ser crítica, e dos números seguirem elevados, uma tendência de desaceleração é observada em alguns dos indicadores analisados. Foram 4720 infecções e 153 óbitos registrados na semana, números marginalmente maiores do que os da 12ª Semana. O número de óbitos, de 151 na semana anterior, já era elevado e se encontrava próximo do recorde de 158 observado em 2020, o que inspira cautela e a necessidade da manutenção de medidas de distanciamento social para que a tendência de queda seja alcançada. 

Maceió e Arapiraca registraram as maiores incidências da Covid-19 na semana, com 199 casos a cada 100 mil habitantes. Excluindo esses dois grandes centros, aparece a 1ª Região Sanitária, que abarca o litoral do estado da Barra de São Miguel á Barra de Santo Antônio, com 165 casos a cada 100 mil habitantes. 

Em várias regiões, inclusive Maceió e Arapiraca, a incidência média semanal se encontra superior ao registrado em 2020. Os casos em investigação, que já ultrapassaram 15 mil em outros momentos do ano, também sofreram uma queda. Foram 10.560 casos suspeitos registrados em Alagoas até este sábado (03), uma redução de aproximadamente 5% quando comparado à 12ª Semana. Dos 3360 testes RT/PCR realizados pelo Lacen/AL ao longo da semana, cerca de 46% retornaram positivos para a COVID-19. Também na ocupação de leitos de UTI, indicador mais crítico do estado, foi observada uma estabilização. 

Os números, que seguem acima da margem de segurança e não apresentam redução significativa, paralisaram na casa dos 90% na capital. São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios e Penedo se encontram com 100% dos leitos, segundo o último boletim divulgado neste domingo (04). Vacinação mais acelerada Apesar de a proporção de pessoas vacinadas no país seguir pequena, a aceleração no ritmo de vacinação é um aspecto positivo. 4

Após o país atingir a marca de 1 milhão de vacinados por dia no final da última semana, Alagoas conta com 333.308 doses aplicadas, das quais 65.443 correspondem a segunda dose. Neste cenário, aproximadamente 8% da população alagoana recebeu ao menos uma dose. O índice de reprodução efetivo (Rt) também reduziu no estado. 

O dado estava em 1,03 neste sábado (03). Era 1,1 no último dia 26, uma redução significativa. Possivelmente, a queda se deve principalmente às novas medidas de isolamento social implantadas pelo governo estadual, que reduziram a circulação de pessoas e podem contribuir na redução do número de casos e óbitos. No entanto, caso a tendência de estabilidade continue por muito tempo e não haja redução no número de casos, pressionando o sistema de saúde, medidas mais rígidas podem se mostrar necessárias. A participação cidadã na manutenção do distanciamento social e das medidas de biossegurança é essencial para garantir a redução na transmissão e, consequentemente, evitar medidas mais rígidas do Poder Público.

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