A Fiocruz divulgou nesta quarta-feira o mais recente boletim extraordinário do Observatório da Covid-19, que classificou como “extremamente crítico” o quadro geral do país. Dezessete estados, além do Distrito Federal, estão com taxa de ocupação de UTIs para tratamento do coronavírus superior a 90%.
São eles:
Norte: Rondônia (98%), Acre (97%), Amapá (100%) e Tocantins (97%);
Nordeste: Piauí (96%), Ceará (94%), Rio Grande do Norte (95%) e Pernambuco (97%);
Sudeste: Minas Gerais (94%), Espírito Santo (94%) e São Paulo (92%);
Sul: Paraná (93%), Santa Catarina (99%) e Rio Grande do Sul (95%);
Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (97%), Goiás (94%) e Distrito Federal (97%).
Apenas duas unidades federativas permanecem na zona de alerta intermediário: Amazonas, com 76%, e Roraima, 62%. Todas as outras estão na zona de alerta crítico, com mais de 80%.
Diante deste cenário, a Fiocruz destacou a necessidade da adoção do lockdown em todo o Brasil por pelo menos duas semanas, para que haja redução significativa das taxas de transmissão, número de casos e das pressões sobre o sistema de saúde.
Além disso, a Fundação reafirmou a importância de medidas de resposta para a adequação de oferta de leitos e a ampliação das ações de saúde da Atenção Primária em Saúde (APS), com abordagem territorial e comunitária.
Segundo o boletim, o momento vivido por São Paulo é um alarme de como a crise afeta o sistema de saúde e o quadro sanitário do país. Em fevereiro, o estado contava com 111 municípios com estrutura hospitalar para o enfrentamento da Covid-19, 26,4% em relação ao total do país.
“Neste novo patamar da pandemia, a situação mudou drasticamente. Se Manaus (Amazonas), com o colapso do seu sistema de saúde, constituiu um alerta do que poderia ocorrer em outros estados, a situação hoje de São Paulo (São Paulo) é um alarme do quanto esta crise pode ser mais profunda e duradoura do que se imaginava até então", apontaram os pesquisadores.
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