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A Fiocruz alerta que o quadro geral do Brasil se mantém extremamente crítico. Em Alagoas, que hoje se encontra com 89% das UTIs ocupadas pela Covid-19, a situação é de alerta crítico. Para os pesquisadores, o país pode passar por uma crise que vai impactar o sistema de saúde e quadro sanitário.
No último boletim divulgado pela Fiocruz, na terça-feira (30), os pesquisadores reafirmaram a necessidade de lockdown por cerca de 14 dias – tempo mínimo necessário para redução significativa das taxas de transmissão e número de casos (em torno de 40%) e redução das pressões sobre o sistema de saúde –, medidas de resposta para a adequação de oferta de leitos e a ampliação das ações de saúde da Atenção Primária em Saúde (APS), com abordagem territorial e comunitária.
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"É importante ainda lembrar que as medidas de restrição de mobilidade, adotadas nos últimos dias por diversas prefeituras e estados, ainda não produziram efeitos significativos sobre as tendências de alta de todos os indicadores que vêm sendo monitorados pelo Observatório. Esses indicadores sempre estão defasados no tempo, e que o crescimento do número de casos na última Semana Epidemiológica (21 a 27 de março) pode ser resultado de exposições ocorridas em meados de março”, registram os pesquisadores da Fiocruz.
Apenas dois estados - Amazonas e Rotaima - aparecem em alerta intermediário de leitos de Covid-19. Todos os demais estados e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta crítico, com taxas de ocupação superiores a 80%. De acordo com o boletim de ocupação de leitos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), de terça-feira (30), Alagoas está com 89% dos UTIs ocupadas; Maceió com 90% dos leitos para tratamento intensivo ocupados e o interior com 88%.
Letalidade em Alagoas
O mês de março de 2021 também será fechado com crescimento de óbitos em relação ao mês anterior. Em Maceió, foram contabilizados, em fevereiro, 130 óbitos pela Covid-19 e em março o número subiu para 279, até o dia 30 de março. Já no interior do estado, fevereiro teve a marca de 181 óbitos e em março chegou a 320 óbitos. Os dados referentes ao mês de março ainda são parciais, o Governo de Alagoas espera completar o mês para disponibilizar os dados mensais finalizados.
Vale lembrar que, de acordo com os dados divulgados pelo Governo de Alagoas nessa terça (30), o Estado está com a maior taxa de letalidade da doença desde o início da pandemia: 2,48%.
Jornal de Alagoas
