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Economia
21/03/2021 00:00:00

Semana termina no azul para Ibovespa, que acumula alta de 1,56%; dólar cai 1,36% no período


Semana termina no azul para Ibovespa, que acumula alta de 1,56%; dólar cai 1,36% no período

Depois do pessimismo do pregão anterior, o Ibovespa fechou em alta de 1,21% nesta sexta-feira (19), a 116.221 pontos, com Petrobras entre os principais suportes na esteira da recuperação do petróleo no exterior, além da trégua na recente disparada dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

O índice de referência da Bolsa brasileira consolidou alta de 1,56% na semana, que teve como componente relevante o viés dovish do Federal Reserve.

dólar teve expressivo recuo, para R$ 5,4839. Isso significa queda de 1,50% sobre ontem e perda de 1,36% na semana.

O que aconteceu com a Bolsa? O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, consolidando o desempenho positivo na semana, apoiado na sinalização dovish do banco central dos Estados Unidos na quarta-feira, mas também na trégua nos Treasuries nesta sessão.

Apenas na quarta-feira, quando o banco central norte-americano repetiu a promessa de manter a meta de juros próxima de zero nos próximos anos, mesmo melhorando a projeção de crescimento econômico em 2021, o Ibovespa avançou mais de 2%, para a máxima em mais de um mês.

Uma política monetária dovish (expressão usada para caracterizar viés mais tolerante com a inflação a fim de estimular o crescimento econômico) pelo Fed tende a beneficiar fluxo para ativos de risco e mercados emergentes, como o Brasil.

No dia seguinte, porém, conforme os rendimentos dos Treasuries voltaram a renovar máximas em um ano, o Ibovespa passou por correção negativa, afetado ainda pelo tombo no petróleo em meio a preocupações com a Covid-19 na Europa.

Da cena brasileira, o destaque ficou para o Banco Central, que elevou a Selic a 2,75% ao ano, com alta de 0,75 ponto percentual, acima do esperado pela maioria no mercado. Além disso, sinalizou aperto da mesma magnitude em maio.

Gestores avaliaram que a decisão não muda o cenário benigno para as ações no longo prazo, mesmo considerando mais altas no horizonte. O movimento tende a atenuar temores com a aceleração recente na inflação – que vinham estressando a parte longa da curva futura de juros, com efeitos mais nocivos à bolsa.

A temporada de balanços teve uma agenda mais leve, porém não menos relevante, com os números de Notre Dame Intermédica, Hapvida, Yduqs, Cyrela, Eztec, Gol, Embraer, Light, e outras.

A última semana também foi marcada por números recordes de mortes e casos de Covid-19 no Brasil, com vários Estados ampliando restrições e anunciando medidas para tentar reduzir o ritmo de contaminação e as lotações nos hospitais. Em Brasília, o governo anunciou a troca do ministro da Saúde.

Apesar do momento ainda complicado em relação à pandemia, a visão do sócio e economista-chefe da Riva Investimentos, Pedro Nunes, é de que olhando mais para a frente há um cenário em que a aceleração da vacinação pode, combinada com uma governabilidade maior no Congresso, trazer surpresas positivas.

Ele avaliou que, na frente doméstica, a decisão do Copom foi um alívio para os mercados. “Se apresentar um pouquinho mais de governabilidade e reformas, (a bolsa) pode surpreender.”

Entre os destaques positivos da Bolsa, o maior é o Grupo Pão de Açúcar (ganho de 13,24% hoje, o maior do pregão, e 157,6% no acumulado do mês), com investidores precificando o potencial de crescimento da marca, na esteira da cisão do Assaí. A possibilidade de um re-IPO da unidade Cnova, após notícia de que o controlador Casino avalia essa alternativa, também é visto com potencial de gerar liquidez para o GPA.

Já Sulamérica (segunda maior alta do pregão, de 8,71%, e 19,74% no acumulado do mês) avançou no embalo das perspectivas de elevação da Selic. Isso tende beneficiar reservas ou provisões técnicas, recursos que a seguradora mantém investido em títulos públicos, para arcar com compromissos com segurados.

O que aconteceu com o dólar? O dólar fechou na mínima em mais de três semanas nesta sexta-feira, engatando a quarta queda seguida e ficando abaixo de R$ 5,50, ao fim de uma semana marcada pelo tom mais firme do Banco Central na política monetária e por expectativa de ampla liquidez no mundo com os juros baixos nos Estados Unidos.

O dólar spot recuou 1,50%, a R$ 5,4839 na venda, menor patamar desde 24 de fevereiro (R$ 5,4219). A moeda teve expressiva oscilação durante o dia, variando de R$ 5,565 (-0,04%) a R$ 5,4492 (-2,12%).

O recuo desta sexta empurrou a cotação para queda de 1,36% no acumulado da semana. Assim, divisa cai 2,12% em março – mas ainda sobe 5,63% em 2021.

Maiores altas:

Pão de Açúcar (+13,24%)
Sulamerica (+8,71%)
CVC Brasil (+6,85%)

Maiores baixas:

CSN (-3,86%)
Sendas (-2,61%)
Eletrobras (-1,73%)

Com Reuters

https://6minutos.uol.com.br/ 



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