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Coronavirus
02/03/2021 04:00:00

Forças Armadas registraram 40 mil militares infectados com Covid


Forças Armadas registraram 40 mil militares infectados com Covid

Ao longo da carreira, o suboficial da Aeronáutica Joaquim Antônio de Lima Neto, de 49 anos, já foi diagnosticado quatro vezes com dengue e outras três com malária, mas nenhuma delas o deixou tão debilitado quanto a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

“A Covid-19 é inigualável. As dores e o mal-estar são muito maiores do que os da dengue e os da malária. A Covid é devastadora – e nem tive todos os sintomas, como falta de ar e perda de paladar. Mas senti muito mal-estar, febre e dores pelo corpo todo”, relata.

“Fiquei mal uns 10 dias, e cheguei a perder 4 kg. Nunca tive medo da morte, mas pedia muito a Deus que me aliviasse as dores. E outra coisa: a minha grande preocupação era meu filho, que tem 7 aninhos. Só na última semana, quatro amigos meus morreram de Covid”, completa o homem, que tem leucemia.

Morador de Manaus (AM), o subtenente Lima Neto foi contaminado pelo coronavírus em janeiro deste ano, em meio ao colapso do sistema de saúde da capital, que sofreu com falta de leitos de UTI e de oxigênio em decorrência da alta taxa de hospitalização.

O suboficial é um dos 40,9 mil militares ativos das Forças Armadas que foram diagnosticados com a doença, segundo dados obtidos pelo Metrópoles, com o Ministério da Defesa, via Lei de Acesso à Informação (LAI). O número foi atualizado na quinta-feira (25/5).

Isso significa que cerca de 11,3% do efetivo total (360 mil militares) da ativa das Forças Armadas contraiu o novo coronavírus. A taxa de infecção é maior, inclusive, do que a registrada entre profissionais da saúde e é o dobro do índice na população em geral.

Até sexta-feira (26/2), foram confirmados 10,4 milhões de casos de Covid-19 no país, o equivalente 4,8% da população geral. Já a taxa de infecção entre os profissionais de saúde que estão na linha de frente é de 10,3%. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 470,3 mil médicos, enfermeiros, cirurgiões, fisioterapeutas, dentre outros, contraíram a doença.

Diretor da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal (SIDF), José David Urbaez avalia que os dados evidenciam que os militares pertencem a um grupo que se expõe laboriosamente e que permanece em confinamento nos quartéis, o que aumenta a transmissão por aglomeração.

Metrópoles



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