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Política
27/02/2021 15:00:00

Deputados debatem sobre destino de recursos da concessão da Casal


Deputados debatem sobre destino de recursos da concessão da Casal

Nesta quarta-feira (24), o assunto envolvendo a privatização dos serviços da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) na Região Metropolitana de Maceió voltou a ser discutido na Assembleia Legislativa. O deputado Davi Maia (DEM), na tribuna, questionou o destino dos recursos conseguidos com a concessão para BRK Ambiental que é de $ 2 bilhões. Após a fala de Maia, os deputados Silvio Camelo (PV), Jó Pereira (MDB) e Antonio Albuquerque (PTB) também se posicionaram.

Maia acredita ser importante convocar os municípios da região metropolitana para evitar a judicialização do processo. “A nossa proposta é muito simples: dos R$ 2 bilhões que Estado recebeu, queremos dividir metade para o Governo gastar com os investimentos e a outra metade seria dividida entre os 13 municípios da região metropolitana – sendo R$ 500 milhões para Maceió e os outros R$ 500 milhões para o outros 12 municípios afetados com a concessão”, concluiu.

O deputado Silvio Camelo disse que a discussão é salutar, porém, o debate era para ter sido feito antes do leilão e de todo o processo. “Entendo que não se pode mudar a regra do jogo depois dele ser jogado, embora se possa ainda ter discussões e sugestões que podem ser debatidas. Vale lembrar que todos os prefeitos foram ouvidos sobre a forma de como gastar estes recursos”, destacou.

A deputada Jó Pereira destacou que o tema precisa ser melhor debatido e defendeu a união dos Poderes Legislativo e Executivo, para que decidam a destinação dos recursos. “Precisamos garantir políticas públicas, e estes recursos precisam ser utilizados em saneamento, o que interfere diretamente na política de saúde. Os recursos não podem ser gastos de forma açodada, mas sim beneficiar os 102 municípios alagoanos”, afirmou.

O deputado Antonio Albuquerque disse que a gerência dos recursos deve ser feita pelo Estado, por meio do governador. Porém, defendeu que todos os envolvidos se sentem para debater o assunto, lançando um olhar diferente para cada município.

Albuquerque disse que foi procurado pela prefeita da Barra de Santo Antônio e pelo prefeito de Messias, que estão preocupados com a destinação dos recursos. “Segundo a prefeita da Barra, o sistema de água e de esgoto do município é autônomo e seus servidores, pelo tempo que estão lá, têm uma média salarial muito acima do que é pago naquela cidade e, neste caso, acredito que o município terá duas alternativas: incorporá-los ao quadro de servidores com salários destoantes aos demais funcionários ou indenizá-los, o que deve representar um valor gigantesco”, explicou.

Os municípios que entraram na concessão da Região Metropolitana da capital foram os seguintes: Atalaia, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Messias, Murici, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba.

com ALE

Folha de Alagoas



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