Os especialistas chineses e da OMS (Organização Mundial da Saúde) que investigam a origem do novo coronavírus em Wuhan anunciaram, nesta terça-feira (9), que não há evidências suficientes para determinar que a covid-19 se disseminou pela cidade, localizada no centro da China, antes de dezembro de 2019.
"Não há indicação da transmissão do Sars-Cov-2 [vírus que causa a covid-19] na população do período anterior a dezembro de 2019", disse o chefe da equipe da China, Liang Wannian, em entrevista coletiva hoje. Wannian acrescentou que "não há evidências suficientes" para determinar se o vírus já havia se espalhado na cidade antes disso.
Wuhan é considerada o marco zero da pandemia por ter registrado os primeiros casos de coronavírus no fim de 2019. Desde então, a pandemia matou mais de 2,3 milhões de pessoas no planeta.
O especialista chinês considerou "improvável" que houvesse transmissão do vírus nos dois meses anteriores a dezembro e afirmou que o início da circulação do coronavírus ocorreu várias semanas antes de serem detectados os primeiros casos, o que "pode explicar a falha de sua detecção em outras regiões" fora da China.
A equipe da OMS também informou que não conseguiu identificar a espécie animal que pode ter sido responsável por transferir o vírus aos seres humanos. A transmissão de um animal para o homem é provável, mas "não se identificou ainda", disse o chefe do grupo de cientistas.
Peter Ben Embarek, um especialista em vírus da OMS, também disse que o trabalho para identificar as origens do coronavírus aponta para uma reserva natural em morcegos, mas é improvável que eles estivessem em Wuhan, onde o surto foi descoberto em 2019.
R7