O Brasil figura entre os países onde é preciso gastar pelo menos um terço do salário mínimo para comprar a cesta básica de alimentos. Isso é o que mostra levantamento realizado pela plataforma global de e-commerce Picodi, com base nos pisos nacionais de 2021 de 56 nações.
A alimentação básica do brasileiro em 2021 representa cerca de 33,7% da remuneração mínima líquida, que equivale a R$ 1.012 por mês.
A remuneração líquida é o dinheiro que um funcionário leva para casa após todas as deduções, como, no caso do Brasil, FGTS e INSS.
No ranking elaborado pelo site Picodi, presente em 44 países, o Brasil está na 35ª colocação, atrás de nomes como Argentina, Montenegro, Chile, Taiwan e Colômbia.
As três primeiras colocações são da Grã-Bretanha, Austrália e Irlanda, respectivamente. Nesses países, a cesta básica vale menos de 8% do mínimo.
Na outra ponta da tabela, Nigéria e Uzbequistão têm salários mínimos que não cobrem o necessário. A alimentação básica equivale a 131% do piso no país africano. Veja o ranking:
A cesta básica usada no levantamento, contudo, é universal, composta de oito itens: pão, leite, ovos, arroz, queijo, carne, frutas e vegetais.
O preço total dos alimentos básicos aumentou de R$ 304,27, em 2020, para R$ 341,12, em 2021, o que representa uma alta de 12,1%.
“Os preços dos produtos vêm do site numbeo.com, no qual os dados são coletados por usuários da internet de todo o mundo”, explicou o Picodi.
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