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Economia
08/02/2021 17:00:00

Exportações de Alagoas despencam 96% em janeiro, diz Ministério


Exportações de Alagoas despencam 96% em janeiro, diz Ministério

As exportações alagoanas despencaram 96% em janeiro, na comparação o mesmo mês do ano passado - quando o estado ainda não estava sob o efeito da pandemia de Covid-19. De acordo com os dados divulgados na sexta-feira (5), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, no primeiro mês do ano, as exportações alagoanas renderam US$ 2,4 milhões (o equivalente a R$ 12,90 milhões no câmbio atual). Já as importações movimentaram US$ 61 milhões (R$ 328 milhões) em janeiro. Apesar disso, houve uma retração de 5,1% ante janeiro de 2020.

Com o resultado de janeiro, a balança comercial alagoana (diferença entre exportações e importações) registra um deficit de US$ 58,6 milhões - ou R$ 315,09 milhões, em valores atuais. Segundo o levantamento do Ministério da Economia, em janeiro a Turquia foi o país que mais consumiu produtos alagoanos, resultando numa movimentação de US$ 1,27 milhão - o correspondente a 52,6% do total exportado por Alagoas no mês. Em seguida aparecem os Estados Unidos, com US$ 273 mil, uma queda de 98,2% em relação a janeiro de 2020. Em valores absolutos, foram US$ 15 milhões a menos.

Em todo o País, as exportações somaram US$ 14,808 bilhões em janeiro, contra importações de US$ 15,933 bilhões. Com isso, a balança comercial brasileira registrou resultado negativo em janeiro. No mês passado, o país importou US$ 1,125 bilhão a mais do que exportou. Apesar de ter ficado no vermelho, o saldo representou melhora em relação a janeiro do ano passado, quando o deficit comercial tinha somado US$ 1,684 bilhão. Tanto as vendas como as compras externas cresceram na comparação com janeiro do ano passado. O Brasil exportou 12,4% a mais pelo critério da média diária. As importações cresceram em ritmo menor: 8,3%.

O aumento das exportações, no entanto, foi insuficiente para reverter o deficit na balança comercial. Com o fim das exportações da safra anterior e o plantio da nova safra, janeiro registrou menos embarques de grãos e outros alimentos. As exportações agropecuárias caíram 2,6% em janeiro na comparação com janeiro do ano passado, puxada pelo arroz (-99,9%), pela soja (-94,9%) e pelo algodão bruto (-3,6%). Outros produtos da agropecuária registraram crescimento em janeiro, como trigo e centeio, não moídos (332,8%); milho não moído, exceto milho doce (54,3%) e café não torrado (43,2%).

O aumento nas vendas, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda nas exportações de alimentos. As demais categorias de produtos tiveram desempenho positivo. As exportações da indústria extrativa subiram 35,3% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2020, impulsionada por minério de ferro e seus concentrados (73,6%) e Minérios de cobre e seus concentrados (70,3%). As vendas da indústria de transformação aumentaram 6%, com destaque para açúcares e melaços (46,1%) e farelos de soja (40,1%).

IMPORTAÇÕES

Do lado das importações, as compras da agropecuária cresceram 22,3%, as da indústria extrativa aumentaram 7,6% e as da indústria de transformação subiram 6,5%. Os destaques foram a soja, cujas compras externas aumentaram 487,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, trigo e centeio (35,14%), gás natural (60,1%) e adubos e fertilizantes químicos (42,7%).

No mês passado, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia divulgou que a balança comercial deverá encerrar o ano com superavit de US$ 53 bilhões. O valor representaria alta em relação ao superavit de US$ 50,99 bilhões registrado no ano passado, mas está abaixo das estimativas das instituições financeiras.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado projetam superavit comercial de US$ 55 bilhões para 2021. As informações são da Agência Brasil.

Gazetaweb



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