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30/08/2009 00:00:00

Municípios


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antonio aragão //

 

Na noite deste domingo (29) populares procuraram o plantão deste noticioso e indignados pela forma irreverente e inconseqüente com a saúde publica é tratada em Alagoas pelas autoridades, notadamente no interior do estado, levaram a reportagem a presença do cortador de cana Everaldo Moreno da Silva, de 42 anos de idade, residente na Rua José Alves no município de Ibateguara, que chorando copiosamente e quase sem condições de falar contou uma história comovente ocorrida no dia de hoje.

 

“Minha mulher Isabel Cristina da Silva de 37 anos de idade, (segunda na foto das cédulas de identidade) mãe de cinco filhos, três dos quais do nosso relacionamento, estava grávida no nono mês. Bem cedinho de hoje (domingo), depois de sentir muitas dores na barriga, a ‘bolsa’ dela estourou, e como não tinha carro no momento, sai em sua companhia procurando o hospital de Ibateguara num percurso de quase dois quilômetros, que é a distancia entre minha casa e o dito hospital, e no caminho, ela não suportou mais andar e caiu, já que ela estava muito gorda. Veio um filho de Deus em um carro e acudiu ela, que já chegou ao hospital morta. Foi triste, seu moço”...

 

Depois de uma pausa, o homem seguiu sua comovente narrativa: “quando arrumei um transporte e estava botando ela dentro para ir para o Serviço de Verificação de Óbitos em Maceió, um parente veio avisar que dona Maria das Dores da Silva, de 90 anos, aposentada, que é tia de minha mulher, residente no sitio Bananeiras, também aqui em Ibateguara tinha morrido de AVC no Hospital Geral do Estado. Segui para Maceió, onde os médicos tiraram da barriga da mãe já morta meu menino que também tinha morrido por falta de assistência médica... desculpe, não quero mais falar”...

 

Refeito da emoção, o esposo da vitima foi mais além: “o Dr. que atendia ela (referindo-se a Isabel, sua esposa) tinha dito que o menino devia nascer até o dia 13, e se isso não acontecesse, no dia 17 ele ia operar ela. Não sei por que a morte veio buscar ela e meu filho. Terá sido falta de cuidado do doutor?” encerrou o desditoso cidadão.

 

Na Declaração de Óbito expedida pelo Serviço de Verificação de Óbitos, em Maceió, assinada pela doutora Kátia Moura Galvão, CRM 2761, consta como a causa da dupla morte “Edema Agudo do Pulmão – Hipertensão Arterial, DNEG e Obesidade”. 

 

 

 

 

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