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Muitos vírus são capazes de afetar o sistema reprodutor masculino, o que pode gerar, em casos graves, até infertilidade e câncer. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina e do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, Jorge Hallak, discute sobre as implicações de doenças viróticas para o sistema reprodutor masculino.
Entre as patologias mencionadas, o especialista dá destaque ao HIV, que pode gerar uma inflamação crônica nos testículos, causando uma queda na produção de, entre outros hormônios, a testosterona. De modo que “existe, sim, um importante acometimento do HIV no testículo, não somente do ponto de vista da transmissão sexual, mas também de causar alterações no sêmen de maneira muito significativa”, aponta o professor.
Além disso, o novo coronavírus também se provou prejudicial à saúde reprodutiva masculina. Desde o começo da pandemia, os médicos e cientistas fizeram um consórcio para estudar a doença e chegaram à conclusão de que “ele tem uma altíssima incidência de influência nos testículos e que aproximadamente 75% dos homens, nos casos mais graves, têm algum tipo de envolvimento testicular”.
Independentemente da virose, o professor também alerta que, em casos de baixa de testosterona, não é recomendada a injeção imediata do hormônio, pois tal medida pode gerar o efeito contrário no organismo e “existem outros mecanismos médicos mais indicados”.
