O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram os dados finais do Censo Escolar da Educação Básica 2020.
Segundo a estatística, as escolas públicas do Brasil perderam quase 650 mil matrículas entre 2019 e 2020. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (31/12), em publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Os resultados do levantamento servem como base à destinação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio são considerados as etapas mais problemáticas nas avaliações de ensino e aprendizagem.
Em 2019, pela quarta vez consecutiva, o Brasil não atingiu o mínimo proposto para este nível de ensino, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Uma das estratégias para combater o déficit de aprendizagem é expandir o ensino para o período integral, uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A ideia é ter 50% das escolas públicas oferecendo aulas em tempo integral até 2024, para atender 25% dos estudantes da educação básica.
Na análise da Campanha Nacional pela Educação, esta meta “apresenta uma das situações mais graves em relação ao seu cumprimento”, devido à queda dos índices.
Veja os principais pontos do Censo Escolar 2020:
Parte das informações foram divulgadas em outubro. Os dados completos, incluindo escolas privadas, serão divulgados em janeiro de 2021.
“Vale destacar que a divulgação completa dos resultados finais do Censo, das sinopses estatísticas – com todas as redes de ensino, de forma contextualizada – e dos microdados públicos está prevista para janeiro de 2021”, destaca o Inep, em nota.
Metrópoles