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Alagoas
27/12/2020 21:00:00

Mais de 170 servidores e 73 detentos são infectados por Covid em presídios

Pandemia continua atormentando a vida de funcionários e presos de Alagoas


Mais de 170 servidores e 73 detentos são infectados por Covid em presídios

Mais de 73 casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados em detentos do Sistema Prisional de Alagoas desde o início da pandemia global. Além disso, outros 171 servidores penitenciários - incluindo os policiais penais -, foram infectados pela Covid-19, e três deles morreram, conforme o último boletim disponibilizado pela Chefia de Pesquisa e Estatística da Seris no dia 21 de dezembro de 2020. 

Dentre os reeducandos, quatro casos suspeitos estão em investigação e outros 137 descartados. Não há registro de morte entre os reeducandos. 

 

Nos servidores, cinco casos estão em investigação e 361 casos descartados após exames. Segundo a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), todos eles foram devidamente assistidos, por equipe multidisciplinar da Gerência de Saúde da Seris - que é composta, inclusive, por médico infectologista -, no hospital de campanha do sistema prisional. 

Com a exceção de todos os que testaram positivo para a doença, a Seris liberou, em março deste ano, 74 servidores que integram o denominado grupo de risco da Covid-19. Cerca de 30 deles já se recuperaram e, com isso, retomaram suas atividades de forma presencial. 

Segundo o boletim da última semana, na Unidade de Internação Masculina Extensão foram infectados 104 funcionários, dos quais 80 já estão totalmente recuperados. Já com relação aos adolescentes, o primeiro caso foi registrado no final do mês de junho. 

A administração disse que os casos estavam controlados, porém, com o relaxamento da população em geral nos últimos meses, o número de casos confirmados em socioeducandos chegou a 140, dos quais 118 já se encontram recuperados. A unidade destacou que em nenhum dos casos houve situação grave, inclusive a grande maioria apresentou quadro assintomático e foram acompanhados pelas equipes da Unidade Básica de Saúde do próprio sistema socioeducativo. 

Atualmente, apenas dois adolescentes cumprem medidas de isolamento social domiciliar por se enquadrar no grupo de risco, seguindo as orientações da Justiça. No tocante aos óbitos, três funcionários morreram, sendo dois deles encontravam-se em licença médica tratando de câncer. Não há registro de morte dentre os socioeducandos. 

"Desde março, quando deu início o período de isolamento social, tomamos todas as medidas como suspensão de visitas, suspensão de atividades externas, implantação de medidas de higienização, dentre todas as outras orientadas pelo Ministério da Saúde, pela OMS e pela secretaria estadual de saúde", explica a assessoria da Secretaria De Prevenção à Violência (Seprev).

A assessoria da Seris explica que o órgão tem tomado todas as providências para tentar controlar o risco do contágio desde o início da pandemia. 

"A Gerência de Saúde da Seris fortaleceu a campanha de conscientização, junto a servidores e reeducandos, acerca dos riscos da doença, distribuindo máscaras de proteção e material de limpeza produzidos pelos próprios custodiados, por meio das oficinas da Fábrica de Esperança - projeto que, além de permitir a profissionalização do apenado, oferta a remição da pena por meio do trabalho", afirma.

 No tocante às visitas, a Seris autorizou, inicialmente, apenas um familiar por reeducando. O visitante também não pode ter menos de 18 e mais de 60 anos de idade. Já com relação à entrega das feiras - regulamentada por meio de portaria da Seris -, o familiar precisa levar cada gênero alimentício previamente higienizado, reforçando, assim, a prevenção à Covid-19. 

Os policiais penais, por sua vez, foram orientados sobre como executar cada atividade, desde a chegada à unidade prisional até o retorno ao lar. A gestão prisional, portanto, seguirá com este planejamento, visando, sobretudo, à prevenção. 

"É preocupante porque as visitas foram retomadas e os presos estão tendo contato com pessoas externas, que estão no meio social normalmente e aumenta o risco de levar o vírus para dentro do sistema prisional. Mas, estamos tomando os cuidados, sempre usando máscara, álcool em gel, tomando vitaminas para aumentar a imunidade. É preocupante porque, com a retomada, mesmo com restrições, o risco sempre aumenta. A gente espera que a Seris forneça ainda mais EPIs para que a gente consiga prevenir essa questão do contágio", ressalta o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Servidores e Trabalhadores do Sistema Prisional de Alagoas (Sinasppen), Vitor Leite.

 Gazetaweb

 
 


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