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Economia
27/12/2020 09:00:00

Preço alto faz aves natalinas encalharem

Associação de Supermercados de Alagoas indica alta de preços em torno de 7%; produto passa longe de muitas mesas nessa ceia


Preço alto faz aves natalinas encalharem

Apesar de ser o protagonista da ceia de Natal de muitos alagoanos, o peru ficará distante das mesas da maioria nas comemorações deste ano. Isso porque, segundo a Associação de Supermercados de Alagoas (ASA), as aves natalinas tiveram registro de alta de preços em torno de 7%, este ano. Um peru ou chester pode sair por cerca de R$ 100, de acordo com o peso na hora da balança.

Resultado disso é que poucos consumidores compraram carnes típicas do Natal. Nos supermercados da cidade de Maceió na última terça-feira (22), as pessoas até olhavam, mexiam, mas não levavam. Foi o caso de Jackson Gonçalves, ele bem que tentou pesquisar, porém os preços exorbitantes o assustaram e ele preferiu optar pelo frango mesmo.

“A consequência disso é que as aves natalinas estão encalhadas nos supermercados”, percebeu. “Normalmente as pessoas compram esses produtos até o dia 23, muito mais no dia 22. E não parece ser isso que está acontecendo. Tem muito produto disponível nos supermercados. A Sadia mesmo está dando até brinde (uma bolsa térmica) para quem levar o peru ou chester, mas nem assim está saindo”, disse José Torres.

Ele encontrou o quilo do peru a R$ 18,45 e comprou 3,580 kg por R$ 66,15. “O produto vai ficar boa parte encalhado”, acredita. “O lombo e o pernil do porco também estão acima das nuvens, talvez até mais caros. Comprei pouco mais de um quilo de lombo a R$ 43,25, mas também não dispensei o frango, que é de lei”, comentou.

“Muita gente deve estar comprando pernil e lombo no mercado público, onde é bem mais barato; ou comprando galinha, também muito mais em conta. Tem gente que compra no mercado a ave ainda viva e abate. Meu pai fazia muito, mas nos tempos de hoje é bem mais difícil”, observa a consumidora Maria Conceição Santos.

Aumento é puxado pela subida do dólar e produtos para alimentação animal

Raimundo Palmeira, presidente da ASA, explica que o aumento vem puxado pela alta do dólar, bem como dos produtos para alimentação animal, como ração, milho e farelo de soja.

“Infelizmente houve aumento sim, mas não tanto quanto foi no ano passado. Apesar da alta dos preços de carnes natalinas, os supermercados seguem comprando normalmente dentro do movimento dos estabelecimentos, estamos com a perspectiva muito boa para dezembro, tendo em vista o mês que vem crescendo o movimento em relação ao mesmo período do ano passado”, salientou.

O presidente da ASA disse ainda que o segmento está otimista, conforme os meses anteriores trabalhados, já que mesmo em meio à pandemia da Covid-19, o setor foi o que menos sentiu o decreto de fechamento de estabelecimentos para restringir a proliferação do vírus contagioso. “O ramo não foi afetado, os supermercados permaneceram abertos”, reforçou.

Questionado na última terça-feira sobre a queda do movimento no setor de frios, onde estão disponíveis os produtos derivados de aves, suínos e bovinos, Raimundo Barreto ponderou que o brasileiro sempre deixa as compras para a última hora e que o movimento deveria crescer a partir da quarta-feira (23).

“Outros consumidores já compraram o seu peru, chester… Justamente para não haver tumulto em decorrência da pandemia, e é o que recomendamos, e que não gostaríamos que acontecesse por conta do mês das festas”, mencionou Barreto.

Fonte: Ana Paula Omena

Tribun a Hoje



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