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Educação
27/12/2020 00:00:00

‘Foi um recuo tático, não quis ser intransigente’, diz ministro da Educação sobre adiar volta às aulas


‘Foi um recuo tático, não quis ser intransigente’, diz ministro da Educação sobre adiar volta às aulas

Ministro da EducaçãoMilton Ribeiro, afirmou nesta sexta-feira, 25, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que mudou o retorno das aulas para 1º de março de 2021 por “sensibilidade acadêmica”. Inicialmente, o MEC havia determinado que as atividades retornassem no mês de janeiro mesmo sem planos de vacinação contra o novo coronavírus em vista, o que gerou críticas da comunidade acadêmica, principalmente dos reitores das universidades públicas. “Eu me reuni com pessoas e tive sensibilidade, por orientação até mesmo do presidente, para ouvi-los. Ele [Bolsonaro queria que voltasse antes, eu caminhei e ponderei com ele, para não voltar a qualquer preço. Foram recuos táticos em uma batalha visando o melhor, não quis ser intransigente. A questão foi mais com a carga pedagógica, foi uma questão mais ligada à minha sensibilidade acadêmica e menos política”, disse.

Segundo Ribeiro, o retorno em janeiro de 2021 iria atrapalhar o andamento pedagógico das instituições de ensino. As atividades poderão, no entanto, permanecer remotas até 31 de dezembro do ano que vem no ensino básico e superior em todo o país. O ministro declarou, ainda, que por ele o retorno seria antes, mas que compete aos estados e municípios decidir. “Não é porque eu sou negacionista ou quero colocar em risco a vida de jovens e crianças, mas porque podíamos ver a pouco tempo atrás praias e baladas cheias de gente. Mas o que foi possível acontecer, aconteceu. Pontuei depois de uma discussão bem aprofundada com minha equipe que 1º de março seria uma notícia boa”, afirmou, destacando que no Paraná e no Distrito Federal o retorno será no mês de fevereiro. “A indicação do 1º de março foi mediana e eu acredito que será suficiente para reorganizar e dar segurança aos nossos alunos”, completou.

Saída de Weintraub do comando do MEC

Marcado por declarações polêmicas, Abraham Weintraub deixou o Ministério da Educação em 18 de junho. Sua saída aconteceu após a participação do ministro em um ato pró-governo no qual não usou máscara, sendo multado em R$ 2 mil pelo governo do Distrito Federal. Ele também era alvo do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter falado em prisão dos ministros da Corte e os chamado de  “vagabundos”. Também existia uma investigação por racismo após falar sobre a China. De acordo com Ribeiro, sua postura menos combativa e polêmica foi “intencional”. Para ele, “educação não se faz em meio a discussões sem propósito”. “Minha ideia no primeiro momento, sem demérito à gestão anterior, foi intencional. Queria uma união entre todos os educadores, sem qualquer discussão ideológica e questões maiores. Estamos procurando monitorar as dificuldades do aprendizado, fornecendo algumas ferramentas aos alunos, sobretudo na educação básica”, disse o ministro.

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