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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Alagoas (Seesse-AL) defende que a petroquímica Braskem arque com supostos prejuízos que o Hospital Sanatório vem tendo devido à instabilidade de solo. O presidente da entidade Francisco Lima afirma que o montante chega a R$ 60 milhões.
“A situação envolvendo o Ipaseal e os restos a pagar foi resolvida. Agora o problema é a questão do prejuízo que o Hospital Sanatório vem tendo por conta das rachaduras. O hospital vem perdendo seu faturamento desde 2018 no particular e no convênio. Esse prejuízo do hospital com a Braskem que até então é a causadora desse afundamento tem causado um prejuízo mensal de aproximadamente R$ 1,2 milhão, ou seja, a produção que o hospital teria de particular e convênio e não vem conseguindo atingir a meta”, defende o sindicalista.
Chico Lima afirma ainda que entidades estão articuladas para pressionar a empresa em relação ao suposto prejuízo no valor de R$ 60 milhões.
“Se você for fazer um levantamento baseado nos números que o hospital passou, o prejuízo que a Braskem causou gira em torno de R$ 60 milhões. Então nós, sindicatos, entidades representativas, estamos preparando uma mobilização porque nós queremos que a Braskem agilize essa situação desse prejuízo”, argumenta Lima.
Para o sindicalista é preciso que a empresa dê suporte aos custeios do hospital até que haja a realocação definitiva.
“Obrigatoriamente o Sanatório vai ter de mudar de local e quem tem que se responsabilizar por isso e pelos prejuízos é a Braskem. O Sindicato vai criar uma comissão permanente para acompanhar o caso e pedir que a empresa realize repasses mensais no valor de R$ 5 milhões até que ela saía do bairro. Esse valor servirá para dar suporte nas despesas de folha de funcionários, fornecedores e despesas de manutenção. O que não pode, nem deve é a incerteza de como será o amanhã”, pontua.
Procurada, a Braskem informou que está tratativas com a direção do Hospital Sanatório e que a unidade passou por vistorias. Segundo a empresa, não foi constatado risco estrutural para a edificação.
“A Braskem está em tratativas com o Hospital Sanatório, visando a realocação da unidade. A empresa oferece apoio técnico com equipes de engenharia e consultoria especializada em saúde, para garantir celeridade no processo. Cumprindo o compromisso com a segurança, foi realizada vistoria conjunta com Defesa Civil Municipal para avaliação de risco estrutural; nenhum risco que exigisse realocação imediata foi constatado”, diz a empresa.
Ainda segundo a Braskem, apesar disso foram realizados serviços nas fissuras existentes nas instalações do hospital. “Para garantir a tranquilidade de funcionários, pacientes e demais pessoas que passam diariamente pelo hospital, as equipes de engenharia trabalham em intervenções para sanar pequenas avarias, e um sistema de monitoramento das edificações foi implantado no hospital. A prioridade da Braskem é a segurança da comunidade nos bairros atingidos pelo fenômeno geológico em Maceió, propondo e realizando ações com essa finalidade”, explicou a empresa em nota.
Jornal de Alagoas
