26/04/2024 16:19:59

20/08/2009 00:00:00

Brasil


Brasil

com G1

A apreensão de 140 galos de briga virou polêmica, no Piauí. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quer abater as aves, mas enfrenta a revolta de criadores e de entidades de proteção aos animais.

As aves são mantidas em um viveiro improvisado pelo Ibama. São 140 galos de briga que foram apreendidos em uma rinha na zona rural de Teresina. Muitos animais estão mutilados, cegos e com ferimentos na cabeça e no corpo.

Na rinha, os fiscais encontraram diversos tipos de medicamentos, antibióticos e anabolizantes que eram injetados nas aves.

Durante a operação, também foi apreendida carne de tatu. Uma parte já estava cozida e seria consumida pelos apostadores durante a competição.

Sem ter local adequado para manter os galos de briga por muito tempo, o Ibama tomou uma decisão polêmica: resolveu abater e incinerar todas as aves.

“Depois da apreensão e pela constatação pela equipe de veterinários do Ibama de que os animais consumiram anabolizantes e antibióticos, a intenção é levar a um matadouro credenciado pelo Ministério da Agricultura, fazer o abate e a incineração”, explicou Edimilson Rodrigues, coordenador de fiscalização do Ibama.

A Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais reagiu à matança dos galos. A entidade defende a doação das aves para outros criadores, longe das rinhas.

Os donos dos animais que haviam fugido durante a operação reapareceram. Eles entraram na Justiça para receber as aves de volta, alegando que os galos não são usados em briga. “São entre 40 e 50 donos de animais. E são animais de exposição. Estamos criando primeiramente para expor", disse o advogado Marcos Vinícius Brito.
A Justiça Federal suspendeu o sacrifício das aves até que o Ibama apresente informações sobre o caso. 

 



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 44
Notícias Agora
Google News