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27/11/2020 15:00:00

Passeata alerta população sobre necessidade de combate a violência contra a mulher

Após a caminhada, manifestantes foram até a Praça Deodoro onde entregaram ao presidente Tutmés Airan uma carta com reivindicações em prol da causa


Passeata alerta população sobre necessidade de combate a violência contra a mulher

Representantes de entidades que atuam em defesa dos direitos das mulheres e servidoras da Coordenadoria Estadual da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) caminharam pelas ruas do Centro de Maceió, nesta quarta-feira (25), alertando a população sobre a necessidade de combater os casos de violência contra as mulheres. Em seguida, manifestantes foram até a Praça Deodoro onde entregaram uma carta com reivindicações em prol da causa para o presidente Tutmés Airan de Albuquerque.

De acordo com o desembargador Tutmés Airan, a violência contra a mulher é uma chaga que precisa ser devidamente enfrentada e a passeata é uma maneira de chamar a atenção da sociedade e das autoridades competentes para essa problemática, cobrando que providências sejam tomadas.

”Da nossa parte, nossos Juizados da Mulher funcionam muito bem e outras iniciativas já foram tomadas como a instalação da Patrulha Maria da Penha em Arapiraca, uma parceria entre o Judiciário com o Poder Executivo. Nós agora estamos transformando todas as guardas municipais existentes no estado em Patrulhas Maria da Penha e em breve inauguraremos a Casa da Mulher. Nós vamos ter uma rede de proteção bastante interessante”, comentou o desembargador.

Segundo a secretária paroquial, Emannuella Gomes, de 28 anos, a experiência em casa despertou sua coragem para lutar contra agressores. ”Minha mãe sofria violência doméstica. Chegou, às vias de fato, de eu também sofrer violência porque entrava para defender minha mãe e cheguei a apanhar do meu próprio pai. Depois disso, o que me motivou foi ver a força da minha mãe de querer se libertar. Ela, graças a Deus, conseguiu se libertar, e eu comecei a lutar de todas as formas para que outras mulheres não passassem pelo que minha mãe passou”, disse.

Emanuella Gomes contou que também sofre com o machismo no dia a dia em sociedade, que muitas vezes tenta desanimá-la e impedi-la de fazer o que gosta. A secretária explicou que suas vivências fez com que ela escolhesse dividir a vida com alguém que conhecesse e fosse simpatizante do feminismo.

”O meu companheiro sempre soube das minhas escolhas. Nós nos conhecemos no meio do futebol, o time nos uniu e temos uma filha. Hoje estou aqui também por ela, para que no futuro, ela não sofra tanto quanto eu já sofri. Costumo dizer que ele é um homem ?feminista? porque me apoia em tudo e sempre está do meu lado nas minhas decisões”, revelou.

Durante a ação, a secretária-executiva da Coordenadoria Estadual da Mulher do TJAL, Eryka Lessa, lamentou a realidade local revelada por meio dos dados da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSPAL) que apresentou 44 feminicídios cometidos em 2019 e 15 apenas nos seis primeiros meses deste ano.

”O feminicídio já acontece no limite da violência. A gente tem também a violência psicológica, que começa já no relacionamento abusivo, onde o homem já impõe certas condições que não são necessárias a mulher aceitar. Hoje em dia, com os auxílios que o Governo está dando, os homens estão ficando com os cartões das mulheres para ficar com o dinheiro, isso também é um tipo de violência. Mas o feminicídio é o mais grave”, disse.

Por Robertta Farias - Dicom TJAL 

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