A expectativa do setor comercial e empresarial tem sido positiva para as vendas do final de ano, mas a preocupação de como o comércio irá se sustar a partir de janeiro de 2021 com o fim dos recursos de benefícios federais tem preocupado toda classe.
Segundo o economista Cícero Péricles, boa parte da população alagoana depende da transferência de recursos do governo federal para quitar suas dividas e fazer novos consumos e com o fim do auxílio emergencial, já anunciado para dezembro, o cenário para o próximo ano final de incerteza.
Péricles destaca que esses recursos federais foram responsáveis pela diminuição do endividamento do alagoano no mês de outubro. De acordo com a Fecomércio, pela primeira vez no ano, o endividamento dos consumidores de Maceió ficou abaixo da média nacional, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), para o mês outubro.
O mês de outubro também marcou a terceira queda consecutiva de todos os indicadores de endividamento e inadimplência em Maceió. Na variação mensal, houve queda de 3,46% no número de endividados, saindo de 202 mil para 195 mil. O número de consumidores com contas em atraso, que até setembro alcançava quase 72 mil pessoas, teve redução de 7,99%, caindo para 66 mil. Em termos de inadimplência, houve queda absoluta de 8,54%, saindo de 42 mil consumidores nessa situação para 39 mil.
E com toda essa preocupação de ritmo lento da economia no início de 2021, o economista ainda alerta que os empresários estão atentos aos casos de Covid-19, principalmente com uma possível segunda onda da doença, que já provocando diversos danos na Europa.
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