“Tanto temperaturas altas como baixas causam oscilações no comportamento das aves e, como consequência disso, é possível observar a diminuição no consumo de ração, aumento no peso corporal, queda na produção, menor taxa de crescimento, maior consumo de água, aceleração do ritmo cardíaco, queda na produção de ovos, entre outros problemas. Já com relação à umidade relativa do ar, ela também exerce grande influência no bem-estar e na produtividade do animal, principalmente se muito baixa, causando diversas doenças no aparelho respiratório”, explica o orientador do trabalho, Adriano Rogério Bruno Tech, professor da FZEA e pesquisador do PPG-SEA.
Quando a temperatura ambiente sobe acima da zona de conforto térmico, o animal começa a buscar alternativas para perder calor realizando alguns ajustes funcionais rápidos, como a vasodilatação e o aumento da frequência respiratória. No entanto, se a temperatura continuar aumentando, a ave reduz seu metabolismo, aumenta o consumo de água e tenta maximizar a perda de calor pelo suor. Se mesmo assim a temperatura não parar de subir, essas ações deixam de surtir efeito e, sem opções para aumentar a perda de calor, o animal pode morrer de hipertermia. Temperaturas abaixo do indicado também são perigosas. Num primeiro momento, em resposta ao frio, o animal busca o Sol, lugares secos, pouca ventilação, piso aquecido e reduz o consumo de água. Porém, se a temperatura ambiente seguir caindo, a ave aumenta o seu metabolismo realizando atividades de maior movimento e consumindo mais ração. Caso a temperatura siga despencando, o animal perde a capacidade de produzir calor e sua temperatura corporal começa a baixar rapidamente, podendo levá-lo à morte por hipotermia.