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10/08/2009 00:00:00

Politíca


Politíca

com agênciasenado //

O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a defender, em plenário, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cujo afastamento continua sendo pedido pelos opositores. Collor comparou a crise do Senado com o processo de impeachment que sofreu em 1992, quando foi afastado da presidência da República.

"Sofri e muito, arrancaram-me o mandato, levaram-me a mãe, dispersaram minha família", disse ele, acusando os que fizeram seu impeachment de terem violado as leis do país, ao cassarem seus direitos políticos.

Collor salienta que o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e Sarney também apoiaram seu afastamento em 1992, mas mesmo assim ele não deseja que sofram o mesmo. O ex-presidente classificou seu apoio a Sarney e Lula como "insuspeito", dados os fatos do passado.

"Por ter passado por essa experiência não desejo isto a ninguém, mesmo os que estiveram em campos opostos nos idos de 1992. Não desejo que ele [Sarney] seja alcançado por essas injurias, calúnias, mentiras", afirmou, criticando a imprensa.

Collor também defendeu as expressões que usou na semana passada, em plenário, contra o senador Pedro Simon (PMDB-RS). "Aqueles que têm problemas com o verbo 'engolir' sofrem de regressão e não conseguiram passar da primeira infância, na fase oral", disse.

Collor diz estar 'obrando' na cabeça de jornalista

Collor disse ainda em discurso em plenário nesta segunda-feira, estar "obrando" na cabeça do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, da revista Veja.

O anúncio de Collor foi uma tréplica na discussão que se iniciou entre ele e o colunista de Veja, na semana passada. Collor acusou Roberto Pompeu de Toledo de, em 1992, propor ao então ministro Ilmar Galvão, do Superior Tribunal Federal, declararar Collor culpado no processo que corria contra ele - Ilmar Galvão era o encarregado pelo processo.

Feita a condenação, Toledo faria uma grande entrevista com o ministro e o colocaria na capa de Veja. Ainda na versão de Collor, o ministro Ilmar Galvão teria ficado indignado com a proposta e teria expulsado o jornalista de sua sala.

A resposta de Roberto Pompeu de Toledo não tardou. No último exemplar de Veja, que foi publicado neste sábado, o jornalista afirmou que não detinha tal poder e nunca fez nenhuma proposta do gênero.

Segundo Toledo, ele sequer tinha o poder de definir qual seria a capa da revista. O colunista de Veja também afirmou que a história de ter sido expulso do gabinete do então ministro do STF, também não ocorreu.

No mesmo parágrafo em que se defendeu das acusações do senador Fernando Collor, o jornalista disse sete vezes ser mentira a história relatada pelo parlamentar. E terminou provocando: "Ao contrário de Sarney, não tenho Collor como defensor. Tenho como acusador. É uma honra."

Collor saiu para sua tréplica nesta segunda-feira. "Eu tenho obrado em sua cabeça (Roberto Pompeu de Toledo) nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça. Para que alguma graxa possa melhorar seus neurônios. Para ele cair em si e trazer a verdade. Ele é mentiroso e salafrário, alguém que não merece título de jornalista", disse o senador do PTB em discurso no plenário nesta segunda-feira.

Segundo o dicionário Aurélio, além dos sentidos tradicionais de "construir" e "fabricar", obrar é um termo que em algumas regiões do Brasil pode significar "defecar". A assessoria de Collor não confirmou que o uso do termo pelo senador com tal sentido, dizendo apenas que Collor quis dizer "obrar".



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