Pesquisa mostra que 61% dos brasileiros tiveram sua fonte de rende prejudicada pela pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Outros 34% dizem que sua situação financeira permaneceu a mesma.
Os resultados apontam estabilidade em relação ao levantamento em setembro, quando o mesmo percentual declarou ter sido afetado. No começo de agosto, 62% se disseram financeiramente impactos e 33%, não.
As taxas oscilaram 8 pontos percentuais desde maio, apontando que os prejuízos econômicos dentro dos lares brasileiros têm perdurado mesmo com a reabertura gradual do comércio e da educação.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 12 a 14 de outubro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 503 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Assim como na pesquisa anterior, o PoderData mostra que 57% dos brasileiros deixaram de pagar alguma conta devido à crise provocada pela covid-19. O resultado se mantém depois de atingir o pico de 68% em setembro.
O número de pessoas que manteve as contas em dias também permaneceu. A taxa oscilou 1 ponto para baixo dentro da margem de erro, indo a 39%.
A inadimplência é ligeiramente maior entre as mulheres. São 6 em cada 10 com boletos atrasados. Entre homens, a taxa é de 52%. Os jovens são os mais sofrem financeiramente com a pandemia. Mais de 3/4 dos entrevistados de 16 a 24 anos estão com contas pendentes.
Como esperado, a crise do coronavírus também impacta fortemente pessoas sem renda fixa (66% atrasaram as contas) e com apenas o ensino fundamental completo (62%). Eis a estratificação completa:
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