A própolis é formada após as abelhas coletarem resinas presentes nas árvores e plantas e depositarem o material na colmeia, onde ele é misturado com cera, óleos e outras secreções até atingir a sua composição final, que serve de proteção para as polinizadoras contra a ação de fungos e bactérias. Mais rara que a própolis verde, amarela e marrom, a própolis vermelha tem o Brasil como um de seus maiores produtores mundiais. Encontrado exclusivamente no Estado de Alagoas, o composto é produzido por abelhas da espécie Apis mellifera, que se alimentam de uma resina avermelhada presente nos caules da árvore Dalbergia ecastaphyllum, popularmente conhecida como rabo-de-bugio.
Com estruturas até então desconhecidas pela ciência, as novas substâncias isoladas da própolis vermelha fazem parte da classe dos polifenóis, compostos naturais abundantes na natureza, principalmente em plantas, e conhecidos por sua atividade antioxidante, antibactericida e antifúngica. Os polifenóis podem ser encontrados na soja, cereais, vegetais e suco de uva, tendo, inclusive, seu consumo indicado em dietas ricas em vegetais. Outra função dessas substâncias é a de proteção das plantas contra a radiação ultravioleta, atuando como uma espécie de “protetor” solar dos vegetais. Diversos polifenóis também conferem diferentes cores a flores e folhas de árvores durante o outono.