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Acidente
05/10/2020 16:00:00

Trump tem sintomas “muito preocupantes” e as próximas horas são críticas, diz chefe de Gabinete

A confusa explicação médica eleve a incerteza nos Estados Unidos


Trump tem sintomas “muito preocupantes” e as próximas horas são críticas, diz chefe de Gabinete

A incerteza sobre o estado de saúde de Donald Trump, hospitalizado por coronavírus desde sexta-feira, cresceu neste sábado após a primeira coletiva de imprensa da equipe médica que o atende e que deixou mais perguntas que respostas. O presidente dos Estados Unidos havia progredido “muito bem”, segundo informaram os médicos, mas se negaram a responder se ele havia precisado de oxigênio suplementar em algum momento. No fim, criaram uma confusão quanto ao diagnóstico, deixando entrever que o vírus pode ter sido detectado antes do anunciado, muito embora tenham ponderado ter se expressado mal. Logo após a coletiva, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, expôs um panorama mais sombrio para a imprensa, e advertiu que as 48 horas seguintes “são críticas”.

O contágio do mandatário republicano implodiu qualquer previsão no país mais poderoso do mundo, a apenas 30 dias da eleição presidencial. No final, a coletiva na entrada do hospital militar Walter Reed de Bethesda (Maryland), que deveria acalmar ânimos, acabou semeando desconfiança sobre o verdadeiro estado de saúde de Trump, um homem de 74 anos de idade e 110 quilos de peso, um perfil de risco diante da covid.

O médico da Casa Branca, Sean P. Conley, disse durante a coletiva que o presidente estava “indo muito bem” e estavam “extremamente felizes” com a sua evolução. Mas num ato contínuo, uma fonte próxima à Casa Branca, citada de forma anônima pela maioria dos veículos de imprensa, mas que a Associated Press identificou como o chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, deu uma versão mais pessimista. Meadows afirmou que a jornada desta sexta tinha sido “muito preocupante”, e que as próximas 24 horas seriam “críticas”. “Não temos ainda uma clareza sobre a sua recuperação”, relatava.

El País

Conley tinha assegurado que Trump não tinha tido febre desde a sexta pela manhã, e que não havia sofrido com problemas de respiração em nenhum momento, sem a necessidade de receber oxigênio suplementar. No entanto, questionado em várias ocasiões se em algum momento o presidente republicano teria requerido esse complemento de oxigênio, Conley negou-se a responder. Horas depois, uma fonte anônima citada pela AP admitiu que ele precisou de oxigênio na sexta-feira ainda na Casa Branca, antes do traslado ao hospital.

O presidente entrou no hospital, localizado a 30 minutos de Washington, por volta das seis e meia da tarde desta sexta. Trump deixou a Casa Branca a pé, vestindo terno e gravata, fez sinal de positivo para a imprensa e embarcou no helicóptero Marine One, que o transportou para o centro médico. Antes, deixou gravado um breve vídeo em que dizia: “Quero agradecer a todos pelo incrível apoio. Vou para o Hospital Walter Reed. Acho que estou indo muito bem, mas vamos assegurar que tudo vai ser solucionado. A primeira-dama está muito bem. Muito obrigado, nunca vou esquecer”, diz.

Trump informou sobre o seu contágio em sua conta no Twitter por volta da 1 hora da manhã desta sexta, horas depois da confirmação do teste positivo de Hope Hicks, uma colaboradora próxima com quem ele havia viajado a diversos atos públicos por todo o país na última semana. Mesmo assim, neste sábado surgiram dúvidas sobre quando Trump foi efetivamente diagnosticado, ou quando começou a sentir os primeiros sintomas.



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