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Leitura de Domingo
04/10/2020 10:00:00

Reconstrução mamária resgata autoconfiança de mulher mastectomizada

Entre 2020 e 2022, o Inca estima que serão diagnosticados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, em cada ano.


Reconstrução mamária resgata autoconfiança de mulher mastectomizada

reconstrução mamária é a expectativa de todas as mulheres que fazem mastectomia (cirurgia para retirada parcial ou total da mama afetada por câncer), para resgatar a autoconfiança. Antes de tudo, porém, é preciso estabelecer em que momento essa reconstrução deve ser feita. “Se vai ser feita de imediato, no momento da mastectomia, ou tardiamente”, disse no dia (2) à Agência Brasil o cirurgião plástico Fernando Amato, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

De imediato, a reconstrução pode ser efetuada diretamente com prótese de silicone, se houver preservação de pele. Amato explicou que, muitas vezes, quando ocorre a retirada de uma quantidade maior de pele, existe uma alternativa que é o uso de um expansor mamário, espécie de bexiga de silicone, colocado abaixo do músculo do peito. Nos retornos da paciente ao ambulatório pós procedimento cirúrgico, o expansor mamário vai sendo enchido com soro fisiológico, para ir esticando a pele e ganhando tecido.

Se não houver indicação para tratamento com radio ou quimioterapia, é programada para um momento mais conveniente a troca desse expansor por uma prótese de silicone. Fernando Amato salientou que existem também cirurgias que usam retalhos de gordura, pele, músculo de algum outro lugar do corpo para refazer a mama. “Um retalho muito utilizado é o grande dorsal, músculo que fica nas costas e é levado para a mama. A gente usa ele associado a uma prótese de silicone também. A prótese faz o formato e o volume e o retalho serve como uma cobertura para segurança da prótese”.

Os cirurgiões usam também o retalho do músculo reto abdominal, chamado Tram, para a reconstrução da mama com tecido do abdome inferior (pele e gordura). “Nessa cirurgia, não se usa implante mamário, isto é, prótese de silicone”, advertiu o médico. Segundo ele, trata-se de uma microcirurgia complexa, em que é feito o autotransplante de tecido do abdome para a mama.

Na reconstrução tardia, pode ser usado enxerto de gordura para complementar o processo. Em mulheres que já foram submetidas à radioterapia, Amato disse que é muito difícil usar o expansor mamário para expandir a pele, porque a radioterapia deixa a mama mais dura. “A radioterapia pode interferir bastante no expansor”.

Há mastectomias que preservam pele e aréola, ou seja, o mamilo dos seios; outras, denominadas quadrantes, retiram apenas parte da mama. “Muitas vezes, esses quadrantes podem ser reconstituídos com tecido que a paciente já tem na mama, quando o tumor está em uma localização favorável”. Isso pode ser feito, inclusive, em uma mamoplastia (cirurgia para aumento ou redução das mamas humanas), disse o cirurgião.

Notícias ao Minuto

 



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