"Os municípios não tem pessoas para ficar monitorando", diz Sinteal sobre retorno das aulas

Com o avanço das fases de distanciamento controlado no estado, aumenta a pressão pelo retorno das aulas na rede pública e particular de todo o estado. Mas se por um lado se defende a abertura das escolas, por outro os professores ainda temem a segurança dentro das unidades, principalmente sobre as medidas dentro das escolas públicas.

Para a presidente do Sindicatos dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), se tem a necessidade voltar as aulas, no entanto não tem condições de segurança para que isso ocorra para todos. “Somos contrários ao retorno das aulas, sei da necessidade, porém a necessidade hoje não é calendário porque calendário se recupera, a prioridade hoje é garantir vidas porque se não tiver vidas não vai ter calendário nenhum. Nós avaliamos outros países que voltaram, no Brasil mesmo, em Maranhão que voltou teve que recuar porque 32% dos trabalhadores foram infectados e consequentemente os alunos. Então assim, vai voltar a gente concorda que volte, mas com 100% de segurança para todos”, Maria Consuelo.

Segundo ela, a maior ponto de preocupação dos educadores é sobre o protocolo de biossegurança e a certeza que todas as crianças vão estar seguras.“Os municípios não tem a condição de ter pessoas para ficar monitorando, higienizando o tempo todo o local, sem condições de manter uma estrutura e seguir o protocolo, ou se da essa segurança aos trabalhadores e aos estudantes ou não tem retorno porque a gente precisa acompanhar passo a passo", completou.

Consuelo ainda enfatizou que o cumprimento do protocolo difere muito, principalmente quando as normas estão  no papel e quando elas passam a ser cumpridas cotidianamente na escola. “Se as escolas já tem dificuldades para os funcionários antes imagine nesse novo normal a preocupação é a segurança e a vida dos trabalhadores e estudantes”.

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