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Trabalho
30/09/2020 00:00:00

Pandemia afasta 95 mil alagoanos do trabalho sem direito a salário

Número de trabalhadores afastados do trabalho - com ou sem rendimentos - atingiu 213 mil em junho


Pandemia afasta 95 mil alagoanos do trabalho sem direito a salário

O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus afastou 95 mil alagoanos do trabalho em junho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid, divulgada na semana passada, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, esses trabalhadores deixaram de ganhar remuneração por causa do afastamento. Apesar do volume, o número de trabalhadores afastados do trabalho sem direito a salário é 26,3% menor do que os 129 mil alagoanos que foram desligados do trabalho no mês anterior.

A Pnad Covid revela também que no mês passado, outros 118 mil trabalhadores alagoanos foram afastados do trabalho, mas continuaram recebendo remuneração. O número é 7% menor do que a massa de trabalhadores afastados com remuneração em maio. No total, o número de trabalhadores que foram afastados do trabalho em Alagoas - com ou sem rendimentos - atingiu 213 mil em junho. Em todo o País, a população afastada do trabalho por causa do distanciamento social somou cerca de 8,3 milhões de pessoas, que representam 10,1%. Os dados são referentes à semana de 28 de junho a 4 de julho. Os números significam queda em relação à semana anterior, quando o índice de afastamento estava em 12,5% (10,3 milhões) e ao período entre 3 e 9 de maio com 19,8% (16,6 milhões). A população ocupada do país na semana de 28 de junho a 4 de julho, que é classificada pelo IBGE como semana 1 de julho, foi estimada em 81,8 milhões, uma estabilidade em relação à semana anterior, que tinha 82,5 milhões de pessoas, mas queda em relação à semana de 3 a 9 de maio, quando eram 83,9 milhões de pessoas.

A pesquisa mostrou que a população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 71,0 milhões de pessoas. Esse número significa aumento tanto em relação à semana anterior (69,2 milhões), quanto à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões). A Pnad Covid19 semanal indicou que entre essas pessoas, 8,9 milhões (ou 12,5%) trabalhavam remotamente, representando estabilidade em comparação à semana anterior (8,6 milhões ou 12,4%) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%). Com 48,1%, o nível de ocupação o índice ficou estável frente a semana anterior (48,5%), mas em queda se comparado à semana de 3 a 9 de maio (49,4%). Outra estabilidade foi notada na taxa de informalidade aproximada que marcou 34,2%, e na semana anterior era 34,5%. Houve recuo ante a semana de 3 a 9 de maio, quando atingiu 35,7%. A população desocupada foi estimada em 11,5 milhões de pessoas, o que é um recuo na comparação com a a semana anterior (12,4 milhões), mas aumentou em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Como resultado, a taxa de desocupação ficou em 12,3% no período de 28 de junho e 4 de julho e estável em relação à semana anterior (13,1%), mas de alta frente a primeira semana de maio (10,5%). As informações são da Agência Brasil.

DESEMPREGO

Como a Gazeta de Alagoas mostrou na edição do fim de semana, a pandemia do novo coronavírus fez com que 522 mil alagoanos que estavam fora do mercado de trabalho deixassem de procurar emprego em junho.

Feita em parceria com o Ministério da Saúde, a Pnad Covid revela que o volume de alagoanos que desistiram de procurar emprego no mês passado se manteve praticamente estável em relação a maio, quando 524 mil alagoanos tinham desistido de buscar uma vaga formal de trabalho - uma diferença de 0,38% entre um mês e outro. O volume de desempregados que desistiram de procurar trabalho em Alagoas se justifica pelo decreto de isolamento social do governo do Estado que proibiu a reabertura de setores da economia considerados não essenciais. Em Maceió, a flexibilização de alguns setores só passou a vigorar no início de julho, quando a capital passou para a fase laranja - a segunda das cinco etapas estabelecidas pelo governo para a reabertura total da economia. Na fase laranja, tiveram permissão para reabrir lojas ou estabelecimentos de rua com até 400 metros quadrados, salões de beleza e barbearias (com hora marcada), templos, igrejas e demais instituições religiosas, funcionando com 30% da capacidade.

Gazeta de Alagoas



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