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Saúde
25/09/2020 08:00:00

Somente 1% de adolescentes do sexo masculino vão ao médico

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, ainda é bem reduzido o número de adolescentes do sexo masculino que frequenta o consultório médico


Somente 1% de adolescentes do sexo masculino vão ao médico

Pesquisa inédita feita pela Sociedade Brasileira de Urologia revela que ainda é bem reduzido o número de adolescentes do sexo masculino de 12 a 18 anos de idade que frequenta o consultório médico: apenas 1%, contra 34% de meninas da mesma idade que vão anualmente ao ginecologista. Realizada com 267 estudantes de escolas públicas e privada de 12 estados brasileiros de ambos os sexos, nessa faixa etária, sendo 170 meninos e 87 meninas, a pesquisa mostra também piora na saúde dos adolescentes durante a pandemia do novo coronavírus.

A sondagem faz parte da terceira edição da Campanha #VemProUro, da SBU, que acontece no mês de setembro, dedicado ao adolescente, e objetiva incentivar a ida dos meninos ao médico para avaliação, orientação e esclarecimento de medidas preventivas de saúde.

O idealizador e coordenador da campanha, Daniel Zylbersztejn, ressaltou hoje (23), em entrevista à Agência Brasil, que a iniciativa destaca a importância de o adolescente ir não somente ao urologista, mas a um médico que tenha foco de atuação na adolescência, como um clínico geral, pediatra, médico de família, endocrinologista, infectologista para avaliar a saúde. “Há uma gama de profissionais que podem atender o adolescente”, disse.

Segundo Zylbersztejn, a diferença grande da ida das meninas ao médico em comparação aos meninos se reflete na qualidade de vida que as mulheres têm em relação aos homens. “Não é à toa que as mulheres vivem mais do que os homens. A mulher tem o hábito de se cuidar mais, de promover mais saúde do que os homens. Estes procuram o médico, essencialmente, quando têm algum problema de saúde e acaba não tendo uma rotina”.

Segundo o urologista, isso acaba tendo reflexos na vida adulta. Se o adolescente não cria o hábito de ir ao médico para fazer uma prevenção de doenças, de situações de risco, acaba entrando em contato com o uso de drogas, tabagismo, falta do uso de preservativos.

O adolescente fica sem promoção de saúde, de higiene bucal, de atividade física, e exposto à contaminação pelo HPV, sem higiene genital, que é causa em muitos homens do câncer de pênis no futuro, de acordo com o médico.

Isso ocorre com mais frequência em todas as regiões do Brasil que não tenham bom saneamento. As pessoas têm pouco acesso à saúde e maus hábitos de higiene. “Quanto mais pobre for a região do país, maior é o risco de desenvolvimento desse tipo de tumor”.

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