Interior

Cerca de 200 índios da Aldeia Wassu-Cocal, localizada em Joaquim Gomes, a 70 quilômetros de Maceió, e que cobram pedágio na BR 101 há três dias, exigem a presença de um representante da Funai, de Brasília, para retomar as negociações.

Segundo um das lideranças dos índios, identificado como Severino Antonio da Silva, ou Capivara, há cerca de 70 dias a Funai em Alagoas intermediou uma reunião entre representantes da tribo e o Governo do Estado, quando ficou estabelecido o cumprimento de uma série de reivindicações, que não foram atendidas, segundo o líder.

Na pauta de reivindicações constam a construção de 117 casas na aldeia, a recuperação de um trator, desapropriação e demarcação de oito propriedades na região, pagamento dos professores, que estariam com quatro meses de salários em atraso, além de medicamentos e veículo para fazer o transporte dos índios doentes.

Ao contrário dos dias anteriores, na manhã de hoje os índios não realizam o bloqueio da BR, mas mantêm a cobrança do pedágio, que varia entre R$ 1,00 e R$ 5,00, o que provoca revolta e insatisfação entre os motoristas que trafegam na região.

Na manhã de ontem, os índios chegaram a jogar pedras e paus nos motoristas que se recusavam a pagar o pedágio, provocando a intervenção da polícia.

Em contanto com a reportagem do Alagoas24horas, a assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que foi informado pela Funai que a pauta dos índios já havia sido atendida e que o bloqueio não se justificava.

Informação contestada pelo o Chefe Capivara, que declarou que os moradores da aldeia só aceitam negociar com a presença de uma representante da Funai, de Brasília.

O Alagoas24horas entrou tentou entrar em contato com os representantes da Funai em Alagoas, mas não obteve êxito.

Fonte - www.alagoas24horas.com.br // Luis Vilar e Cláudia Galvão