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Polícia
27/08/2020 04:00:00

Um policial morreu após atirar em dois ladrões. Eram seus colegas de farda


Um policial morreu após atirar em dois ladrões. Eram seus colegas de farda

O tiroteio entre três PMs, que terminou com dois mortos e um detido em Diadema (Grande SP), na manhã do último domingo (23/8), na verdade teria sido uma tentativa de roubo. O crime aconteceu na avenida das Nações, no Jardim das Nações.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado no 3º DP de Diadema, o PM André Monteiro Malfati, 33 anos, acompanhado do o cabo João Paulo de Araújo Silva, 28 anos, anunciou um assalto para algumas pessoas na rua. Uma das vítimas seria o PM Josimar Lima da Silva, 32 anos, que revidou, efetuando disparos de arma de fogo que atingiram “o policial que anunciara o roubo”, como descreveu o delegado Luciano Galvão Elias. Josimar estava com outras pessoas na porta da casa do sobrinho, que comemorava seu aniversário, quando foram surpreendidos pelos assaltantes.

João Paulo, segundo as testemunhas relataram na delegacia, estaria acompanhando André no roubo e seria quem efetuou disparos contra o PM Josimar. Os disparos atribuídos a João Paulo também teriam atingido a namorada de Josimar, que permanece internada.

A Ponte ouviu uma das seis testemunhas do caso, sob a condição de anonimato. A familiar disse que os policiais assaltantes chegaram pedindo para as pessoas levantarem as blusas e dar tudo o que tinham com elas.

"Eles não se identificaram como policiais nesse momento. O Josimar conseguiu balear o policial André e o policial João Paulo baleou o Josimar. Ele estava desnorteado, aparentemente drogado. Depois que atirou, ficou falando que era policial, para ninguém chegar perto dele"

O PM João Paulo, lotado 24º Batalhão da PM paulista (Diadema) foi preso em flagrante por latrocínio (roubo seguido de morte), que tem pena de quinze a trinta anos de prisão, e organização de grupo para prática de violência, que tem pena de quatro a oito anos – ambos os crimes fazem parte do Código Penal Militar, que rege o caso uma vez que o enfrentamento ocorreu entre militares. Em depoimento na delegacia, definiu o caso como “entrei em uma furada”.

Todos os policiais estavam fora do horário de trabalho e usavam roupas comuns. André, também lotado no 24º Batalhão, e Josimar, do 6º Batalhão de PM, foram socorridos no Hospital Municipal de Diadema, onde foram constatados os óbitos.

João Paulo foi preso no CPA (Comando de Policiamento de Área Metropolitano), onde alegou que agiu em legítima defesa de terceiro. Posteriormente, foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte da cidade de SP.

Outro lado

Procurada pela Ponte, a advogada Flávia Artilheiro, que cuida da defesa do PM João Paulo, afirmou por WhatsApp que “o Cabo Araújo é inocente e a legitimidade de sua conduta restará demonstrada ao final das investigações”.

A reportagem também questionou a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Militar sobre o caso, perguntando também sobre a permanência de João Paulo na corporação.

Em nota, a SSP informou se limitou a dizer que o caso havia sido registrado no 3º DP da cidade, “que instaurou inquérito policial para apurar todas as circunstâncias do fato”. “A ocorrência também é investigada pela Polícia Militar meio de IPM. O policial militar segue detido no Presídio Romão Gomes”, finalizou a pasta.

João Paulo, segundo as testemunhas relataram na delegacia, estaria acompanhando André no roubo e seria quem efetuou disparos contra o PM Josimar. Os disparos atribuídos a João Paulo também teriam atingido a namorada de Josimar, que permanece internada.

A Ponte ouviu uma das seis testemunhas do caso, sob a condição de anonimato. A familiar disse que os policiais assaltantes chegaram pedindo para as pessoas levantarem as blusas e dar tudo o que tinham com elas.

"Eles não se identificaram como policiais nesse momento. O Josimar conseguiu balear o policial André e o policial João Paulo baleou o Josimar. Ele estava desnorteado, aparentemente drogado. Depois que atirou, ficou falando que era policial, para ninguém chegar perto dele"

O PM João Paulo, lotado 24º Batalhão da PM paulista (Diadema) foi preso em flagrante por latrocínio (roubo seguido de morte), que tem pena de quinze a trinta anos de prisão, e organização de grupo para prática de violência, que tem pena de quatro a oito anos – ambos os crimes fazem parte do Código Penal Militar, que rege o caso uma vez que o enfrentamento ocorreu entre militares. Em depoimento na delegacia, definiu o caso como “entrei em uma furada”.

Todos os policiais estavam fora do horário de trabalho e usavam roupas comuns. André, também lotado no 24º Batalhão, e Josimar, do 6º Batalhão de PM, foram socorridos no Hospital Municipal de Diadema, onde foram constatados os óbitos.

João Paulo foi preso no CPA (Comando de Policiamento de Área Metropolitano), onde alegou que agiu em legítima defesa de terceiro. Posteriormente, foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte da cidade de SP.

Outro lado

Procurada pela Ponte, a advogada Flávia Artilheiro, que cuida da defesa do PM João Paulo, afirmou por WhatsApp que “o Cabo Araújo é inocente e a legitimidade de sua conduta restará demonstrada ao final das investigações”.

A reportagem também questionou a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Militar sobre o caso, perguntando também sobre a permanência de João Paulo na corporação.

Em nota, a SSP informou se limitou a dizer que o caso havia sido registrado no 3º DP da cidade, “que instaurou inquérito policial para apurar todas as circunstâncias do fato”. “A ocorrência também é investigada pela Polícia Militar meio de IPM. O policial militar segue detido no Presídio Romão Gomes”, finalizou a pasta.

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