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Turismo
28/07/2020 18:00:00

Ocupação hoteleira não deve passar dos 30% em Alagoas diz ABIH/AL

Previsões da entidade são bem abaixo da ocupação registrada em anos anteriores, quando chegou a 75% na baixa temporada


Ocupação hoteleira não deve passar dos 30% em Alagoas diz ABIH/AL

Dos 16.691 leitos de hotelaria disponíveis em Alagoas, apenas 3.338 devem ser ocupados no mês de julho, o que equivale a 20% do total. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (Abih-AL). De acordo com a entidade, a ocupação da rede em Alagoas não deve passar de 30% durante a baixa temporada, ou seja, 5.007 quartos ocupados.

Segundo a Abih-AL, metade dos hotéis e pousadas do Estado já está aberta, o que representa 33 empreendimentos em Maceió e 11 em outras cidades, totalizando 44, dos 88 associados. As previsões da entidade são bem abaixo da ocupação registrada em anos anteriores, quando chegou a uma média de 75% no período de baixa temporada.

 

Para a alta temporada, o mês de janeiro de 2021, a expectativa é de no máximo 70% de ocupação. Este número já chegou a casa dos 90% nos anos anteriores. Segundo a Abih, a hotelaria de Alagoas deverá ter um prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão em 2020.

Em abril, 95% dos empreendimentos fecharam, e a expectativa de que todos estejam reabertos é só para novembro. Atualmente, fora Maceió, a única cidade do estado na fase amarela, também estão autorizados passeios aos atrativos naturais em destinos alagoanos que integram a APA Costa dos Corais, no Litoral Norte de Alagoas, mediante autorização das respectivas prefeituras.

Em Maragogi, que é o segundo destino mais procurado de Alagoas depois de Maceió, esses passeios foram liberados. Segundo a Abih-AL, a reabertura dos hotéis em Maceió levou em conta a curva de casos na capital e o retorno das atividades econômicas com as fases laranja e amarela, como o acesso à orla, funcionamento de bares, restaurantes e barracas de praia, liberação dos passeios turísticos e reabertura dos shoppings.

De acordo com a entidade, o grande diferencial do destino Alagoas são as experiências ao ar livre, e neste momento em que as pessoas estão saindo do isolamento social e o distanciamento social ainda se faz necessário, os destinos com essas características saem na frente na preferência dos viajantes.

Dados da Receita Federal do Brasil (RFB, levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio-AL) mostram que existem 192 hotéis e 7 apart-hotéis na capital.

“O porte dessas empresas é distribuído entre 99 microempresas, com faturamento de até R$ 360 mil; 57 Empresas de Pequeno Porte (EPP) com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; e 41 empreendimentos com faturamento acima desse valor”, revela a instituição. Em relação à empregabilidade, o Instituto Fecomércio levantou junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que são 14.972 postos de trabalho formais gerados entre os diversos segmentos que atuam na cadeia do Turismo. No segmento de alojamento (pousadas e hotéis), existem 3.632 colaboradores. No ramo de alimentação, que compreende os bares e restaurantes que atendem todo esse público, são 9.562 pessoas.

Considerando todos os segmentos, o Turismo gera 193.795 empregos formais somente em Maceió, empregando 7,72% dos colaboradores celetistas da capital. “A título de comparação, utilizaremos Maragogi, município famoso como destino turístico. Lá, a cadeia do Turismo é ainda mais importante, pois dos 3.941 empregos formais existentes na região, 2.150 são deste setor. Ou seja, o Turismo é responsável por 54,55% dos postos de trabalho locais”, aponta Felippe Rocha, analista econômico da Fecomércio.

De acordo com o economista, se as empresas do setor já enfrentam a dificuldade de sobreviverem em meio a uma economia incerta, a retomada será ainda mais desafiadora. “O setor precisará, certamente, de ajuda de todos os entes federados, já que a desconfiança para viagens e passeios ainda será enorme, tanto por turistas domésticos quanto por turistas internacionais. Assim, as médias de lotação nos próximos meses serão menores do que a média histórica apresentada acima”, diz o economista.

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