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Polícia
25/07/2020 23:59:00

Tenente-coronel acredita que é alvo de perseguição


Tenente-coronel acredita que é alvo de perseguição

Preso na última quarta-feira (22) pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o tenente-coronel Rocha Lima, o ex-comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar, acredita que está sendo alvo de perseguição. A informação foi dada pelo seu advogado, Tasso Marques.

“O tenente-coronel me disse que não cometeu crime algum, não sabe porque está sendo colocado como um dos autores deste homicídio, não conhecia o cidadão que morreu, não participou da venda de nenhum terreno, sequer sabia dessa venda de terreno. Ele se sente perseguido e acredita que foi colocado no rol de acusados por perseguição de uma delegada”, explica o advogado.

Rocha Lima teria dito ao advogado que, em novembro do ano passado, quando Wagner Luiz Das Neves Silva foi preso pela morte de Luciano de Albuquerque, crime do qual o militar é acusado de co-participação, foi encontrada na casa de Wagner uma camisa, de quando Rocha Lima ainda era capitão, com a inscrição Capitão Rocha Lima, ou seja, antiga, tendo em vista que à época do crime ele já tinha a patente de tenente-coronel. O militar disse que foi a DHPP para esclarecer sobre o achado da camisa e se irritou porque uma das delegadas havia exposto a peça para a imprensa, antes dos devidos esclarecimentos.

“Pelo que ele me disse, o Wagner era uma espécie de ‘faz-tudo do coronel’: andava com seu cachorro e alimentava, fazia serviços elétricos e hidráulicos, pequenos reparos. Mas ele nega que tenha dado a camisa ao Wagner. Rocha Lima acredita que a peça foi pega, sem o conhecimento nem o consentimento dele, durante uma mudança de casa, quando da separação do militar com a ex-esposa. Ele não sabe se o rapaz se apropriou de mais alguma coisa, mas essa camisa não foi dada ao Wagner pelo tenente-coronel”, destaca Marques.

Diante do mal-entendido com a delegada, o militar acredita que foi indiciado motivado pela perseguição.

“O coronel tem atividade lícita, residência fixa e a prisão preventiva deve ser uma medida extrema, principalmente nesse momento de pandemia, que o judiciário está substituindo o encarceramento de várias pessoas por prisão domiciliar. Além disso, a família relata que o fato é antigo e a lei processual fala que o decreto deve ter contemporaneidade, o fato deve ser atual. Impetramos um Habeas Corpus para revogar a prisão preventiva, que é totalmente ilegal", defende o advogado.

Tasso Marques destaca que confia na inocência do seu cliente. “O tenente-coronel Rocha Lima é um militar atuante, destemido, operacional, é o único tenente-coronel de Polícia que desce grota para ir atrás do bandido, não é de ficar atrás de birô e, por todos os batalhões por onde passou, a criminalidade baixou. Recebeu com surpresa essa ordem de prisão”, completa.

O caso


Luciano Albuquerque foi atingido por sete tiros à queima-roupa, nas proximidades do terminal de ônibus do conjunto Village Campestre, em Maceió, quando estava dentro do próprio carro, um Voyage branco, placa QLJ 3302/AL.

À época, o tenente da reserva remunerada da PM de Alagoas José Gilberto Cavalcante de Góes e Wagner Silva foram presos, suspeitos de praticarem o crime.

A polícia informou que a motivação do crime tinha relação com a negociação de um terreno, que pertencia à vítima.

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