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Economia
23/07/2020 17:00:00

Preço do GNV de Alagoas é o terceiro mais caro do Brasil


Preço do GNV de Alagoas é o terceiro mais caro do Brasil

O preço médio do Gás Natural Veicular (GNV) comercializado nos postos alagoanos registrou o terceiro maior valor do País na semana passada, segundo levantamento compilado pela Gazeta de Alagoas junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o levantamento, o valor do metro cúbico do combustível foi comercializado em média por R$ 3,489. O maior valor foi registrado no Rio Grande do Sul, onde o preço do produto atingiu R$ 3,651.

No Nordeste, apenas o Ceará tem o valor maior do que o registrado em Alagoas, com R$ 3,506 - o segundo maior alto do País. Os dados da agência reguladora mostram que o valor médio mais barato para o GNV foi encontrado em Pernambuco, a R$ 2,667. Em seguida aparecem São Paulo (R$ 2,759), Bahia (R$ 2,889), Mato Grosso (R$ 2,899) e Minas Gerais (R$ 2,984) - todos com valores médios abaixo dos R$ 3. Em Alagoas, o preço médio mais caro foi encontrado no município de Palmeira dos Índios, Agreste do Estado. Lá, o metro cúbico do combustível foi comercializado por R$ 3,600. Já o preço médio mais baixo foi encontrado em Rio Largo, a R$ 3,479. Na capital Maceió, o valor do GNV atingiu R$ 3,489, em média.

CONSUMO

Além de ter registrado o terceiro maior valor do País no segmento automotivo, as vendas de gás natural em Alagoas recuaram 47% em abril, na comparação com abril do ano passado, segundo o levantamento mais recente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). De acordo com os dados, a pandemia do novo coronavírus, que provocou o fechamento de serviços considerados não essenciais em Alagoas, incluindo o setor de transporte e indústria, fez as vendas do produto recuarem de 550,7 mil metros cúbicos em abril de 2019, para 292,7 mil metros cúbicos em abril deste ano. A queda foi mais sentida na indústria, responsável pelo maior consumo do produto no estado. Nesse segmento, o consumo recuou de 432,4 mil metros cúbicos para 223,5 mil metros cúbicos - uma retração de 48,3%. Segundo o levantamento da Abegás, o consumo total de gás natural no País foi duramente afetado pelos efeitos da pandemia de novo Coronavírus (Covid-19).

O levantamento apurado com concessionárias em todas as regiões do País, o consumo em abril recuou 25% na comparação com abril do ano passado. A demanda no segmento automotivo foi a que mais sofreu com a adoção de medidas preventivas que mantiveram a maior parte da população em casa – especialmente nos municípios com maior quantidade de carros movidos a GNV, como Rio de Janeiro e São Paulo. A queda da demanda foi de 45% em abril, na comparação com igual período em 2019. No comércio, a queda foi de 42% em abril. A paralisia teve reflexos na indústria, que recuou 32% em relação a abril de 2019. “É o menor consumo de gás natural em 15 anos. Em abril, desconsiderando as termoelétricas, a demanda foi de apenas 27,6 milhões de metros cúbicos/dia, menor volume não térmico registrado desde 2005, quando a associação começou a divulgação desse levantamento”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

“É uma crise sem paralelo e a indústria de gás natural também vem sendo afetada. O aumento da inadimplência também preocupa. As distribuidoras funcionam como arrecadadoras de todos os elos da cadeia. Recebem, em média, apenas 17% da tarifa paga pelo consumidor, o que corresponde à remuneração bruta pela prestação de serviços e pelos investimentos em expansão de rede, pela manutenção da integridade dos ativos e pelo pagamento de funcionários e fornecedores. De cada R$ 100 que elas recebem, em média R$ 83 seguem para pagar o supridor da molécula, o transporte de gás e os impostos. O nível de inadimplência vem subindo a patamares acima da média. E isso afeta não só a distribuidora, mas também o supridor, o transportador e os governos federal e estaduais que recebem impostos”, diz Salomon. “Como prestadoras de um serviço essencial, as distribuidoras vêm garantindo o fornecimento contínuo, expandindo a rede, ligando novos clientes e, principalmente, adotando todas as medidas de segurança para proteger suas equipes e combater a disseminação da Covid-19”, ressalta.

Gazeta de Alagoas



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