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com tudonahora // sidney tenório

Um relatório divulgado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas, na manhã de hoje, revela que somente nos primeiros seis meses de 2009 foram registrados 40 mil casos de violência contra crianças e adolescentes em Alagoas. No mesmo período, a entidade contabilizou 262 assassinatos na população infanto-juvenil.

O trabalho conjunto das comissões de Direitos Humanos e da Infância e Juventude, com base em informações dos conselhos tutelares, mostra que no primeiro semestre deste ano, 872 crianças e adolescentes foram vítimas de violência sexual em Alagoas. Mas o crime que mais faz vítimas na população infanto-juvenil é a lesão corporal, com 3902 casos.

"É preciso que o poder público passe a obedecer o que diz a Constituição Federal, em seu artigo 267, onde criança e adolescente deve ter proteção integral e prioridade absoluta. Mas o que se ver é um verdadeiro descaso", ressaltou o presidente da comissão da Infância e Juventude da OAB, Edmsilson Souza.

Homicídios

Mas o número que mais preocupa a OAB é o de homicídios. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Gilberto Irineu, é preciso que os órgãos de Segurança Pública contenham a sangria que exterminou 262 crianças, adolescentes e jovens em 2009.

Segundo Irineu, pelo menos 90% dos homicídios estão relacionados com as drogas. "O Estado precisa dar atendimento às crianças e adolescentes que são usuários e combater com mão-forte o traficante. Realizar operações e acabar com esse mal que vem matando crianças cada vez mais novas", frisou.

Irineu destacou ainda que os dois principais que levam o tráfico a matar crianças e adolescentes são: a luta por ponto de venda de drogas e a queima de arquivo daqueles que trabalham para o tráfico e depois querem abandoná-lo.

"Também é preciso que os órgãos de Segurança Pública faça uma assepsia em seus quadros, porque sabemos que há agentes públicos dando proteção e comandado o tráfico de drogas em Alagoas", denunciou Irineu.

O relatório foi entregue a lideranças comunitárias e representantes de órgãos do governo do Estado e Prefeitura de Maceió.