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16/07/2009 00:00:00

Politíca


Politíca

com alagoas24horas // vanessa alencar

Depois de frequentar silenciosamente as sessões da Assembleia Legislativa por alguns meses, o deputado Cícero Ferro (PMN) finalmente conseguiu usar a tribuna da Casa de Tavares Bastos na sessão extraordinária da tarde desta quarta-feira, 15, que marcou o retorno dos deputados afastados pela justiça ao parlamento alagoano.

Ferro, o primeiro dos deputados afastados a usar a tribuna, fez um retrospecto dos fatos que aconteceram desde que a Operação Taturana foi deflagrada, em dezembro de 2007, e não poupou críticas severas aos integrantes do Poder Judiciário. “Em uma decisão política, 12 deputados que têm serviços prestados em Alagoas foram perseguidos. Sofremos e até hoje não pudemos nos defender”.

O deputado disse que a decisão do então desembargador Antônio Sapucaia, em 17 de março de 2008, pelo afastamento dos deputados, foi inconstitucional. “Ele nos afastou para ter 15 minutos de fama. Passamos um ano e quatro meses afastados porque a justiça de Alagoas não observou a Constituição”.

Ferro também criticou a decisão do juiz Gustavo de Souza Lima, em manter os deputados afastados quando, em janeiro deste ano, o presidente do STF, Gilmar Mendes, decidiu pelo retorno dos parlamentares.

“O juiz Gustavo de Souza Lima, um ‘soldado’, desobedeceu ao ‘coronel’. Irei recorrer contra o juiz, a presidente do TJ e contra Sapucaia. Ele (Sapucaia) é o mesmo que recebeu R$ 1 milhão e 74 mil indevidamente do Tribunal de Justiça e agora vai ter que devolver. O TJ já foi julgado e condenado. Espero que agora eles cuidem da vida deles que nós sabemos cuidar da nossa”, finalizou.

Imprensa

Marcos Ferreira, que também usou a palavra, agradeceu à família e aos amigos pelo apoio nos momentos difíceis e, especialmente, aos advogados Fábio Ferrario, Adriano Soares e Nabor Bulhões. “Sofremos agressões verbais de todo tipo, principalmente da imprensa. Tivemos que ter muita força e todos nós que estávamos afastados nos tornamos mais do que amigos”, desabafou o parlamentar.

Nelito Gomes de Barros usou a tribuna em seguida e também criticou a postura da imprensa em seu discurso: “Passamos por momentos difíceis, um verdadeiro massacre por parte da imprensa. Muitos aproveitaram o momento para denegrir a nossa imagem. Os covardes nos massacraram e até agora não pudemos nos defender”.

O deputado concluiu seu discurso pedindo ao 1º secretário da Casa, Jota Cavalcante, que providencie a entrega das chaves de seu gabinete. “Estou esperando meu gabinete desde ontem e tem um deputado que ainda não entregou a chave”.



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